Investimentos

Tesouro Direto: 4 títulos recomendados pelo Itaú BBA para investir no 2º semestre

Ativos de renda fixa foram o destaque dos investimentos na primeira metade do ano e devem permanecer assim no restante de 2024

Tesouro Direto: 4 títulos recomendados pelo Itaú BBA para investir no 2º semestre
Tesouro Direto. (Foto: Adobe Stock)
  • A primeira metade do ano foi marcada por um ambiente externo complexo e recorrentes desafios domésticos, elevando o prêmio na curva de juros
  • Apesar do alerta em relação à trajetória da Selic, o estrategista em renda fixa do BBA aposta em um cenário parecido no 2º semestre de 2024
  • Além de títulos que garantam liquidez, o banco apontou recomendações nos trechos intermediário e longo

Os títulos do Tesouro Direto foram os destaques da renda fixa no primeiro semestre deste ano. Na avaliação do Itaú BBA, o complexo ambiente externo e os recorrentes desafios domésticos vão continuar na segunda metade de 2024, mantendo o prêmio de risco na curva de juros em patamares elevados.

Para Lucas Queiroz, estrategista de Renda Fixa do BBA, os títulos do Tesouro despontaram sobretudo no final de junho, quando o prêmio atingiu níveis comparáveis a momentos de alta incerteza política e fiscal no Brasil, como, por exemplo, em 2015, com a aceleração inflacionária e dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas. Outros dois momentos semelhantes foram em 2018, com a greve dos caminhoneiros, e em 2021, com as PECs Emergencial e dos Precatórios que permitiram gastos além da regra fiscal.

No entanto, Queiroz destaca que ao menos metade do ajuste nas taxas ocorreu nos primeiros dias de julho. Isso graças a maior confiança com o corte de juros nos Estados Unidos e as sinalizações do governo brasileiro para manter o equilíbrio fiscal. “É provável que precisemos de novidades para que os ativos de renda fixa local mantenham o fôlego recente”, escreve na Carta do Estrategista.

Um ponto de alerta que o estrategista em renda fixa levanta para o segundo semestre é em relação à trajetória de curto prazo da taxa Selic. Por ora, ele acredita que o mercado está ancorado com as informações da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Isso porque o comitê apresentou uma taxa de câmbio de R$ 5,30 e a manutenção da taxa de juros até o fim do próximo ano. “Seria suficiente para entregar inflação de 4% em 2024 e de 3,1% em 2025, muito próximo à meta. Assim, a taxa de câmbio seguirá como variável de ajuste à frente “, diz.

O que esperar da renda fixa e do Tesouro no 2º semestre?

No primeiro semestre do ano, o destaque da renda fixa ficou com os títulos pós-fixados do Tesouro Nacional. Eles foram beneficiados pelo encerramento do ciclo de corte de juros. Por outro lado, os títulos prefixados e indexados à inflação foram penalizados ao longo dos últimos meses pela elevação nas curvas de juros. Como o cenário macroeconômico, local e externo, é de relativa manutenção, a tendência é de que o desempenho dos títulos seja parecido.

“Nossa alocação no Tesouro Selic 2027 cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da taxa de inflação”, aponta Queiroz. Além dessa recomendação, o estrategista ainda sinalizou quais são as escolhas do BBA de alocação nos trechos intermediário e longo.

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