A quantidade de vendas de imóveis com desconto teve uma alta de 68% no horizonte de um ano. Trata-se da maior alta desde julho de 2020, quando esse tipo de negociação cresceu 69%.
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No entanto, de acordo com a pesquisa Raio-X FipeZAP, embora a quantidade de vendas tenha aumentado, os descontos nos valores se mantiveram estáveis em relação ao trimestre anterior, na cada dos 11%. Já o porcentual médio de desconto negociado apresentou um leve aumento na trajetória mais longa da série, entre março do ano passado e o de 2024, de 9% para 11%, respectivamente.
Com uma amostra de 1.247 respondentes entre os dias 08 e 26 de abril de 2024, a pesquisa aponta que a proporção de transações classificadas como investimento tem se mantido em torno da média histórica da pesquisa, que é de 41%. Nos últimos 12 meses, especificamente, essa proporção foi de 42%. Os demais compraram os imóveis para fins de moradia, sendo esse grupo subdividido em: morar sozinho, morar com alguém e para outra pessoa morar.
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Recentemente, observou-se um aumento no interesse por investimentos imobiliários visando a obtenção de renda com aluguel, alcançando 71% das transações realizadas nos últimos 12 meses até março de 2024. Por outro lado, o interesse em investimentos voltados para a revenda de imóveis, que estava em ascensão em 2023, perdeu espaço entre os investidores, representando apenas 29% das compras efetuadas no período final da série histórica.
De acordo com Lucas Gerez, economista da DataZAP, há um crescimento da proporção de investidores no total de pessoas que adquiriram um imóvel. “No caso desses compradores oferecerem um pagamento desvinculado de financiamento, haveria uma agilidade na transação, o que pode ser vantajoso para quem está vendendo. Essa é uma das hipóteses para justificar esse aumento na porcentagem de transações com desconto”, afirma.
Em relação às expectativas de preços para os próximos 12 meses, a última análise revela um aumento no percentual de pessoas que esperam uma alta no valor dos imóveis. A média agregada das expectativas dos respondentes da pesquisa para o primeiro trimestre de 2024 projeta um aumento nominal de 2,2% nos preços dos imóveis nos próximos 12 meses.
Os resultados esperados estão mais dependentes do montante de concessão de crédito imobiliário e do custo de crédito, segundo Gerez. O valor pode ser menor do que as expectativas no início do ano devido às mudanças nos impostos sobre os títulos relacionados ao financiamento de imóveis. Enquanto isso, o custo do empréstimo está ligado à rapidez com que os juros na economia estão caindo.
“A expectativa é de uma primavera amena, com um crescimento moderado no mercado imobiliário como um todo, mas com grandes oportunidades em locais específicos, a partir da dinâmica dentro dos municípios”, salienta o economista.
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