- De acordo com levantamento feito pela AirHelp, 226,4 mil passageiros tiveram seus voos cancelados no período - número 730% maior que os 27,3 mil voos cancelados em janeiro de 2021
- O volume também é 57% maior que o registrado em janeiro de 2019, antes da crise da Covid-19, quando 144,2 mil foram afetados
- Na Bolsa, os papéis das companhias aéreas e de turismo seguem em terreno positivo. Ainda assim, a recomendação é ter cautela
As companhias aéreas e de turismo enfrentam uma situação delicada desde o início da pandemia causada pela covid-19. Dois anos depois, o cenário para essas empresas continua desafiador. O avanço da variante Ômicron fez os números de cancelamentos de vôos dispararem em janeiro deste ano. De acordo com levantamento feito pela AirHelp, 226,4 mil passageiros tiveram seus voos cancelados no período – número 730% maior que os 27,3 mil voos cancelados em janeiro de 2021.
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O volume também é 57% maior que o registrado em janeiro de 2019, antes da crise do coronavírus, quando 144,2 mil foram afetados. É importante ressaltar que a alta de cancelamentos acontece mesmo com 3 milhões de passageiros a menos em relação ao período pré-pandemia. Em janeiro de 2019, houve 9,2 milhões de viajantes, contra 6,2 milhões no primeiro mês deste ano.
Outro dado preocupante é em relação ao número de passageiros elegíveis a indenizações por atrasos e cancelamentos. Segundo a AirHelp, 170 mil pessoas estariam aptas a processar as companhias aéreas, ante 31 mil em janeiro de 2021 e 144 mil em janeiro de 2019.
Como ficam as ações?
Na Bolsa, os papéis das companhias aéreas e de turismo seguem em terreno positivo. Azul (AZUL4), GOL (GOLL4) e CVC (CVCB3) acumulam altas de 21%, 15% e 10% em 2022. Ainda assim, a recomendação para os investidores seria ter cautela.
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De acordo com Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, além da alta de cancelamento, a escalada do petróleo também joga contra o setor.
“O petróleo está nas máximas históricas e combustível é um item que pesa bastante para as companhias aéreas”, afirma. “E independentemente de o voo não estar cheio, o avião decola. Isso é prejudicial para as receitas das aéreas. É uma posição que não mantemos na carteira dos nossos clientes”, afirma Costa.