(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) O dólar começou a sessão com leve alta, mas passou a cair em seguida em meio ao recuo de toda a curva de juros após a redução do compulsório sobre recursos a prazo, de 25% para 17%, anunciada pouco antes da abertura dos mercados pelo Banco Central. Com isso, a expectativa é de que sejam liberados às instituições financeiras R$68 bilhões a partir do dia 30 de março.
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Entrevista agora do presidente do BC, Roberto Campos Neto, está sendo monitorada em todos os mercados. Ele disse que “é importante manter condições monetárias estimulativas, sem prejudicar inflação”. Também é precificado por investidores expectativas de novo corte da Selic no Copom de maio, após o BC ter reforçado na ata da reunião da semana passada, divulgada hoje cedo, que está pronto para agir conforme novos dados.
O economista da Haitong, Flávio Serrano, afirma manter expectativa de corte de 0,50 ponto no Copom de maio. A Selic foi reduzida em 0,50 ponto, para 3,75% na quarta-feira passada. O mercado repercute ainda a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de autorizar o BC a dar empréstimos a instituições financeiras garantidos em debêntures e de autorizar os bancos a captarem por meio de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE).
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Na abertura, o dólar subiu frente o real, acompanhando a valorização ante outras moedas emergentes ligadas a commodities devido à tensão com a pandemia do coronavírus. Mas rapidamente o sinal se inverteu para baixo, influenciado pela melhora no exterior após o Federal Reserve anunciar novos estímulos econômicos em meio à pandemia de coronavírus. Às 9h26, o dólar à vista caía 0,11%, a R$ 5,0224. O dólar futuro para abril recuava 0,80%, a R$ 5,0250.