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- As mulheres que acusaram Jeffrey Epstein de abusá-las sexualmente quando adolescentes podem começar a receber as indenizações
- O fundo de compensação foi aberto após meses de idas e vindas entre os administradores judiciais do patrimônio do bilionário e as Ilhas Virgens Americanas
- Epstein possuía propriedades na Ilha e levou em sua casa muitas das meninas que ele foi acusado de abusar
(Patrícia Hurtado e Jim Wyss, WP Bloomberg) – As mulheres que acusaram Jeffrey Epstein de abusá-las sexualmente quando adolescentes podem começar a registrar reclamações e receber indenizações de seu patrimônio, avaliado em mais de US$ 600 milhões.
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O fundo de compensação foi aberto após meses de idas e vindas entre os administradores judiciais do patrimônio do bilionário e as Ilhas Virgens Americanas, onde Epstein possuía propriedades e levou muitas das meninas que ele foi acusado de abusar. O obstáculo final foi resolvido com um acordo para proteger os direitos e a privacidade das mulheres.
A procuradora-geral das Ilhas Virgens, Denise George, bloqueou uma proposta anterior dos administradores judiciais do patrimônio de Epstein, questionando sua exigência de que aquelas que receberem dinheiro do fundo concordem com uma ampla renúncia de responsabilidade.
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Um acordo foi alcançado em maio, depois que os administradores concordaram em não usar as informações fornecidas pelas vítimas para se defender de quaisquer outras reivindicações ou ações que pudessem ser movidas contra ele. Um juiz nas Ilhas Virgens aprovou o acordo este mês.
Epstein se matou na cadeia em agosto do ano passado depois de sua prisão por acusações federais de tráfico sexual.
“O programa oferece às vítimas de Jeffrey Epstein a oportunidade de serem ouvidas fora do holofote dos procedimentos do tribunal público e de serem reconhecidas por terceiros independentes quanto à legitimidade de sua experiência e ao sofrimento de longo prazo que ela sofreu”, disse Jordana Feldman, administradora do fundo, em entrevista coletiva na quinta-feira (25).
O programa de indenização foi desenvolvido por Feldman, o advogado Kenneth Feinberg e a administradora Camille Biros, em conjunto com a procuradora-geral das Ilhas Virgens e advogados representando mais de 70 vítimas.
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Feinberg e Feldman supervisionaram o fundo de compensação para pessoas que adoeceram ou morreram por causa dos ataques terroristas de 11 setembro de 2001, enquanto Feinberg e Biros projetaram e administraram um fundo para reivindicações de abuso sexual contra a Igreja Católica.
Mais de três dúzias de mulheres entraram com ações em tribunais federais e estaduais em busca de reparação de danos contra Epstein. Advogados de muitas mulheres disseram em documentos judiciais que seus clientes considerariam participar de um fundo de compensação se protegesse sua privacidade e fosse administrado de maneira justa.