As ações da dona do Google, a Alphabet, recuavam no pregão de Nova York nesta quarta-feira (31) após a companhia ter divulgado o balanço na véspera. A Microsoft também mostrou os números do último trimestre e segue a mesma toada.
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Às 17h08, (horário de Brasília) as ações da Alphabet (GOOGL) recuavam 7,02%, a US$ 140,82. Enquanto os papéis da Microsoft (MSFT) caíam 1,9%, a US$ 400,83.
No Brasil, as Brazilian Depositary Receipt (BDR) da Alphabet (GOGL34) caíam 2,86%, a R$ 58,36. Já os BDRs da Microsoft (MSFT34) recuavam 0,53%, a R$ 82,73.
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Segundo o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, essa reação negativa sobre a dona do Google acontece após a companhia reportar receitas com anúncios abaixo do esperado, visto que o número reportado foi de uma receita de US$ 65,52 bilhões e a expectativa era de US$ 65,94 bilhões. A empresa reportou um lucro líquido de US$ 20,69 bilhões no quarto trimestre de 2023.
“Outro fator que puxa as ações da companhia para baixo é o fato da mesma ter subido cerca de 10% só neste mês, após outra alta de quase 60% em um ano. Esse fator também gera uma correção natural para o papel”, afirma Castro Alves.
De acordo com João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, outro fator que explica o desempenho ruim da Alphabet no pregão é o fato de a companhia mostrar que está atrasada na questão da inteligência artificial, atrás por exemplo da Microsoft e da Nvidia.
Enquanto os analistas enxergam que o Google se atrasou em investir na inteligência artificial, eles veem os resultados entregues pela Microsoft foram positivos. “O grande destaque foi a receita do Microsoft Azure, que teve um crescimento de 27%. Além disso, a companhia afirmou que espera uma estabilidade nesse crescimento nos próximos trimestres”, diz Matheus Popst, sócio da Arbor Capital.
Vale a pena comprar Microsoft e Google?
Alves, da Avenue, acredita que vale a pena ter o papel da Microsoft na carteira. Segundo levantamento feito pela corretora, há projeções de que a ação pode subir até o patamar de US$ 470, uma alta de 15,02% na comparação com o fechamento de terça-feira (30).
“A ação subiu muito e terá correção. O problema é que não sabemos quando essa correção vai acabar. Todavia, uma coisa é certa, as pessoas perdem mais dinheiro na Bolsa esperando uma correção passar do que com as próprias correções em si”, defendeu Alves, citando uma frase de Peter Lynch.
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No entanto, o preço-alvo médio para o papel pelo levantamento da Avenue é de US$ 405, abaixo do valor de US$ 407,13 que o ativo abriu o pregão desta quarta. Justamente por isso, João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, afirma que o papel não compensa para o investidor. “O papel é interessante, mas o investidor tem que tomar cuidado com as correções. Acredito que agora o investidor pode estar extremamente atrasado para esta compra”, alerta Tonello.
Já para o Google, o especialista diz que o papel não está atrativo e que há outras empresas com um valuation mais interessante. Por outro lado, Matheus Popst, sócio da Arbor Capital, não faz grande distinção entre a dona do Google e a Microsoft. “Temos os papéis das duas empresas, pois ambas já estão consolidadas e são boas oportunidades de investimentos no médio e longo prazo. O preço atual que o investidor vai pagar é justo, sem grandes chances de altas no curto prazo”.
Por fim, o estrategista-chefe da Avenue explica que o melhor para o investidor é aplicar o dinheiro nessas duas empresas via fundos de investimentos. “Uma forma de você investir é ir por um fundo ou ETF, pois assim o investidor consegue o ideal, que é ter um pouco de cada uma delas. As duas ações estão bem precificadas, mas são empresas que entregam um retorno de patrimônio liquido elevado. O carrego do papel é positivo”.