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- Os ativos considerados "doces" pelos analistas são aqueles que podem trazer uma rentabilidade positiva
- Já os investimentos considerados "travessuras" são aqueles que podem oferecer um alto risco para o investidor
A “bruxa” também está solta no mercado financeiro nesta segunda-feira (31). Com a volatilidade da bolsa de valores em virtude do resultado das eleições, os investidores precisam ter cautela para rebalancear a carteira com base no atual contexto político. Por outro lado, mesmo em tempos de estresse de mercado, há investimentos que podem ser “doces”, na linguagem do halloween.
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Os produtos de renda fixa fazem parte desse grupo privilegiado do mercado. Na avaliação de Marcio Berger, CEO e co-Fundador da Peak Invest, os títulos pré-fixados podem ser interessantes ter no portfólio diante da perspectiva de cortes da taxa de juros a partir do próximo ano.
“Há indícios de que a taxa básica de juros vai começar a cair em 2023, independente do resultado das eleições. Uma boa opção é o P2P Lending, modalidade de investimento em que o investidor concede crédito a empresas. O investimento é considerado como renda fixa, por possuir o retorno pré-fixado”, afirma Berger.
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Já Nicolas Merola, analista da Inv, acredita que os “doces” do mercado estão na renda variável, em especial nos ativos ligados ao segmento de papel celulose, como as ações da Klabin (KLBN4) e Suzano (SUZB3). Segundo ele, ao contrário das outras commodities, os preços seguem em patamares elevados. “É uma commodity de consumo, não ligada ao desenvolvimento. A gente é super competitivo nessa área”, afirma Merola.
As ações de empresas de posição estratégica para a economia e que possuem “valuation” (valor justo para uma empresa) baixos devem também estar no radar dos investidores. “Gerdau, Petrobras e Vale são empresas que possuem alta representatividade econômica de bolsa e se encontram negociando em uma das menores relação de valuation dos últimos anos”, diz Felipe Moura, analista é sócio da Finacap Investimentos.
Investimentos “travessuras”
Embora tenham apresentado ganhos expressivos no acumulado do terceiro trimestre, as ações do setor de varejo podem não ser interessantes para o investidor e alguns papéis até podem receber o título de “travessuras” no atual contexto econômico. Veja nesta reportagem o que esperar das varejistas com Copa do Mundo, Black Friday e festas de fim de ano.
Para André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos, a Via (VIIA3) se enquadra nesse perfil diante do alto consumo de caixa e do seu alto nível de endividamento. “Com os juros altos, ela acaba tendo um custo da dívida que prejudica muito a sua operação. Provavelmente, ela precisaria fazer um aumento de capital para conseguir sobreviver a este cenário”, afirma.
Assim como o varejo, o setor de construção civil sofreu nos últimos anos com o ciclo de alta da taxa de juros. “Empresas endividadas e menores como a Gafisa. É um setor que vai ter bastante dificuldade nos próximos meses por conta da inflação mais alta e juros mais elevado”, acrescenta.
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