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Mercado

Do cassino ao investimento popular: a história da Bolsa de Valores na visão da Magliano

A empresa 001 da Bovespa passou por três gerações e deixa um legado para o mercado de ações. Conheça sua história

Por Jenne Andrade

03/08/2020 | 7:01 Atualização: 03/08/2020 | 13:13

Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da B3, na Bovespa em 2007 - Foto: Divulgação/Magliano
Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da B3, na Bovespa em 2007 - Foto: Divulgação/Magliano

No dia 16 de julho de 2020, uma história de três gerações chegou ao fim na Bolsa de Valores. A data marca o movimento de compra da fintech Neon Pagamentos pela Magliano, um sobrenome que se confunde com o mercado acionário brasileiro.

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“A Bolsa era desconhecida pela maior parte das pessoas, vista como um cassino, uma casa de apostas”, explica Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da Bovespa (atual B3) e principal acionista da Magliano Invest – corretora com 93 anos de existência, registrada sob o número 0001 na Bolsa de Valores

Magliano Filho é o fundador que deu nome à empresa e se tornou um corretor oficial da então Bolsa Livre de São Paulo, ainda em 1927, quase 40 anos antes de a Lei que regulamentou o mercado de capitais no Brasil ser criada.

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“Antes de a Lei 4.728, de 1965, não existiam sociedades corretoras, só corretores pessoas físicas, como o meu pai”, diz Magliano Filho. “Eram profissionais que tinham fé pública, em que as pessoas depositavam inteira confiança.”

Na época, os corretores pessoas físicas se aglomeravam em pregões de 30 minutos na Bolsa Livre de São Paulo para comprar títulos públicos, fazer câmbio e negociar apólices da prefeitura e do Estado. Ações eram ativos bem mais raros – aliás, as operações eram registradas em lousas e as negociações feitas com um papel por vez, em ordem alfabética.

Outro fator é que, diferentemente de hoje, em que os investidores têm muita informação sobre como o dinheiro está sendo gerenciado, nos anos 20 o corretor fazia todas as operações sem que o cliente pudesse acompanhar qualquer detalhe sobre as transações. A confiança no profissional era a base principal, senão a única, para manter o relacionamento entre ‘assessor’ e cliente.

“As pessoas ligavam para o escritório do meu avô, conversavam com ele sobre o que era pra comprar ou vender, ele anotava, ia para a Bolsa de valores e fazia os negócios. Quando voltava para o escritório, ligava para os clientes para falar dos resultados”, comenta Raymundo Magliano Neto, atual presidente da corretora.

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Apesar de parecer ultrapassado hoje, no mundo dos home brokers e robôs de investimento que fazem operações em milissegundos, o uso do telefone foi considerado algo pioneiro e visionário na época. O fundador Raymundo Magliano foi o dono de uma das primeiras linhas telefônicas de São Paulo.

“O telefone foi essencial para viabilizar as operações de câmbio, por exemplo, em que tínhamos que comprar divisas de câmbio para pessoas em outros estados”, diz Magliano Filho. “Meu pai tinha a capacidade de adaptação muito grande, não sentia medo do novo, das novas tecnologias.”

Foi por meio de ‘nova tecnologia telefônica’, que em 1965, quando a Lei 4.728 entrou em vigor, que Raymundo Magliano chamou um office boy para levar até a Bolsa os documentos que liberariam, enfim, a atuação da Magliano como sociedade corretora.

“Essa foi a grande transformação que houve no mercado de capitais, quando os corretores deixaram de ser pessoas físicas e passaram a ser, de fato, empresas”, aponta Magliano Filho. Depois da Magliano, a número 0001 no registro da então Bovespa, outras 133 corretoras se registraram na Bolsa.

Uma Bolsa de valores elitista e antidemocrática

Atualmente, a Bolsa detém pouco mais de 2,5 milhões de CPFs. Um número pequeno, considerando que o Brasil possui 209 milhões de habitantes. Há 40 anos, então, a situação era bem pior.

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“A Bolsa era uma casa de jogo na cabeça de muitas pessoas”, explica Magliano Filho, sobre o período de 1927 aos anos 2000. Em 1971, como presidente da Bovespa, Raymundo Magliano também foi um dos primeiros a levantar as bandeiras da educação financeira e apresentar uma ideia audaciosa: popularizar a Bolsa de valores.

Conforme registrado no livro ‘O Legado Magliano’, o fundador da corretora mais antiga do mercado e então presidente da Bovespa São Paulo, fez uma festa no prédio da instituição, localizado no Pateo do Collegio, que teve a presença de várias figuras ilustres do setor econômico.

Em determinado momento, Raymundo Magliano abriu as portas e chamou os moradores de rua da região para participarem. “Eu lembro muito bem dessa cerimônia, meu pai sempre teve essas ideias abertas e democráticas de dar visibilidade para a Bolsa e facilitar o acesso a ela”, afirma Magliano Filho.

A educação financeira se tornou um marco na trajetória de Raymundo Magliano, não só como presidente da Bovespa, mas na corretora. “Meu pai foi o primeiro a escrever uma revista, chamada ‘Corretor de Câmbio’, para divulgar o mercado de capitais. Nós tentávamos vender elas nas bancas”, relembra Magliano Filho.

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Além da revista, ainda na década de 70, a corretora também foi uma das primeiras a distribuir análises e relatórios para os clientes – procedimento padrão atualmente. Carlos Arnaldo Borges de Souza, atual vice-presidente da Ancord e sócio da Planner, atuou na área de underwriting da Magliano Invest e testemunhou os grandes momentos da empresa.

“Eu trabalhei com os Maglianos no final dos anos 80 e começo dos anos 90”, diz Arnaldo. “Era muito inovadora para a época, tinha quase 500 funcionários, uma potência em câmbio, líder em Bolsa e renda fixa. Aliás, líder praticamente em todos os segmentos que atuava.”

De pai para filho

Assim como o pai, Magliano Filho também se tornou presidente da Bovespa no período de 2001 a 2008 e continuou a defender a educação financeira. “Nosso tripé de atuação se baseava na transparência, visibilidade e acesso”, afirma.

Nos anos do seu mandato, o herdeiro da Magliano Invest levou a Bolsa para perto das pessoas por meio de programas como o “Bovespa vai até você”. A iniciativa levava profissionais da Bolsa por meio do ‘Bovmóvel’ para todos os cantos do País para tirar dúvidas sobre o mercado de capitais.

“Quando começamos, muitos corretores criticavam, não queriam que a Bolsa deixasse de ser elitista para ser popular”, diz. “Mas demos sequência, fizemos essa loucura total, rompemos com qualquer estrutura.”

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Através da parceria com figuras como o ‘Paulinho da Força’ e Gilberto Nirvana, ex-superintendente da Bovespa, Magliano Filho levou educação financeira para trabalhadores de sindicatos e moradores de regiões periféricas, além de ajudar na entrada das mulheres no mundo dos investimentos.

“As mulheres são muito eficientes, têm a racionalidade e o sentido profundo das coisas. Então contratamos duas senhoras e elas começaram a divulgar a Bolsa de valores e foram para o Brasil inteirinho e até para o exterior”, disse o ex-presidente. “Foram excepcionais, devemos da ampliação do acesso do público feminino, e do público em geral, a elas.”

De acordo com Arnaldo, Magliano Filho trouxe uma visão social para o mercado. “Ele levava para o Conselho de Administração da Bolsa representantes de vários segmentos, sempre pautou suas relações na inclusão e diversidade.”

No final do mandato na Bolsa, em 2008, o número de investidores pessoas físicas da B3 saltou 525%, de 80 mil para 500 mil. Um ano depois ocorreu o último pregão físico da Bolsa, no espaço que foi batizado de ‘Raymundo Magliano Filho’.

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“Nós tivemos a preocupação de evitar que os operadores perdessem os empregos em massa, então começamos a levar educação, para ajudar esse profissional a se adaptar as novas tecnologias”, afirma.

Do fim do pregão físico até 2020, muitas outras tecnologias foram implementadas. Sem querer dar um tom saudosista, o autor do projeto “Bovespa vai até você” diz sentir falta dos velhos tempos. “Era muita gente falando, negociando, o mercado era vivo. A Bolsa tinha vida”, diz Magliano Filho.

Segundo Fábio Feola, diretor da CM Capital Markets, a atuação de Magliano Filho na Bolsa é um marco na história do mercado financeiro. “Eu tive a oportunidade de estar em várias reuniões com ele nessa época”, afirma Feola. “Posso dizer que essa grande dinâmica que o mercado de pessoa física criou, aconteceu por conta das iniciativas dele.”

A venda para a Neon

O atual presidente da corretora, Magliano Neto, confessa o aperto no coração de ter que vender uma corretora com tanta história, mas que já estava difícil para a empresa se adaptar à evolução tecnológica.

“A partir dos anos 2000, a tecnologia passou a se renovar de maneira muito rápida, quando implementávamos um software, já tinham lançado uma versão nova”, diz Neto. “Então, preocupados em dar o melhor para os clientes, decidimos pela venda da carteira de pessoa física para a Guide e nossa licença de corretora para a Neon.”

A terceira geração dos Maglianos afirma que a decisão difícil de vender vem para dar mais um passo em relação ao sonho do avô de popularizar a Bolsa de Valores e tornar o mercado de investimentos acessível para o cidadão comum.

“A Neon pode nos ajudar a realizar esse desejo de atender o varejo, dar acesso a todos os cidadãos, não só aos ricos”, aponta. “A fintech hoje tem 9 milhões de clientes, já pensou se todos eles abrem uma conta? Já é um número de investidores quase cinco vezes maior que o de hoje.”

Para os que acompanharam de perto o desenrolar da história quase centenária da Magliano Invest, só resta a torcida para que esse não seja, de fato, um fim. “O mercado deve muito aos Maglianos e à corretora, espero que de algum jeito continuem contribuindo”, conclui Arnaldo.

Essa também é a visão de Felipe Steinfeld, diretor de Wealth Management da Guide, corretora para qual a Magliano vendeu em 2018 a carteira de pessoa física e, posteriormente, a operação de fundos. “Até hoje temos um relacionamento muito próximo com a família Magliano e somos muito agradecidos por tudo que fizeram por nosso mercado.”

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