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- Ibovespa fecha pelo 11º pregão consecutivo em queda, contaminamo por mau humor externo
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Vibra (VBBR3), BRF (BRFS3) e Natura (NTCO3)
O Ibovespa hoje caiu 0,55%, aos 116.171,42 pontos e com volume negociado de R$ 26,79 bilhões. É o 11º pregão consecutivo de quedas, fato que só ocorreu duas vezes, sendo o último observado em 7 de fevereiro de 1984.
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João Piccioni, analista da Empiricus Research, comenta que o dia começou bastante pressionado pelos dados da China, que mostram uma economia fraca. De acordo com ele, a indústria e o varejo “patinam”, o que impulsionaram novos cortes das taxas de juros para empréstimos de um ano.
Piccioni aponta que os dados do varejo nos EUA vieram fortes, empurrando as taxas de juros de longo prazo para cima. O movimento tirou o apetite dos investidores por ativos de risco e acabou por pressionar todas as Bolsas globais.
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“O dólar mais forte nas últimas semanas também é reflexo das expectativas de que Os EUA se encontram em uma posição econômica mais forte que seus pares e que as taxas de juros devem continuar mais elevadas por mais tempo. Isto tem feito com que os investidores internacionais direcionem uma parte maior dos seus recursos para o dólar”, analisa.
Piccioni também destaca a saída de Wilson Ferreira do cargo de CEO da Eletrobras (ELTE6), além dos aumentos de preço dos combustíveis feitos pela Petrobras (PETR3; PETR4) que, segundo ele, mexeram com as expectativas dos agentes frente ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o final do ano.
O dólar e o euro subiram 0,43% e 0,42% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,99 e R$ 5,44, respectivamente.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 1,16%, 1,02%, 1,14%, respectivamente.
As três ações que mais valorizaram no dia foram Vibra (VBBR3), BRF (BRFS3) e Natura (NTCO3).
Vibra (VBBR3): +7,77%, R$ 17,62
A empresa de energia figura como a maior alta do dia, com o mercado um pouco mais otimista em relação aos resultados apresentados do 2T23. Na avaliação do analista Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e do estrategista José Cataldo, da Ágora, os números mostram que “a desalavancagem gradual continua”.
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A Vibra está em alta de 2,86% no mês. No ano, acumula uma valorização de 13,31%.
BRF (BRFS3): +6,9%, R$ 10,53
Apesar de a companhia ter aumentado seu prejuízo líquido para R$ 1,337 bilhão no período de abril a junho, o analista Gustavo Troyano, do Itaú BBA, aponta que o Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, amortização e depreciação) totalizou R$ 963 milhões, superando em 19% as estimativas da casa.
A BRF está em alta de 7,89% no mês. No ano, acumula uma valorização de 27,17%.
Natura (NTCO3): +5,48%, R$ 18,09
Como a terceira maior alta do dia, a varejista surpreendeu o mercado com o balanço do segundo trimestre de 2023. No período, Natura reportou prejuízo líquido de R$ 732 milhões, 4,6% menor do que o apresentado no mesmo intervalo do ano passado.
A Natura está em baixa de 0,99% no mês. No ano, acumula uma valorização de 55,81%.
*Com Estadão Conteúdo
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