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Mercado hoje: falas de dirigentes de bancos centrais de Brasil, EUA e Europa movem as bolsas nesta quarta-feira

A maioria das bolsas internacionais opera com viés de alta na manhã desta quarta-feira, mas com fôlego limitado

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Os discursos do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, e do presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), John Williams, são destaques desta quarta-feira (10), véspera de divulgação de dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

A dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel, participa de sessão de perguntas e respostas nas redes sociais e o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, apresenta Relatório de Estabilidade Financeira de dezembro no Parlamento britânico.

A maioria das bolsas internacionais opera com viés de alta na manhã desta quarta-feira, mas com fôlego limitado num dia de agenda sem indicadores relevantes, colocando o foco sobre dirigentes dos bancos centrais dos EUA e Europa.

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse nesta quarta-feira que as perspectivas econômicas da zona do euro “estão inclinadas para baixo” e que o comportamento do crescimento está “mais decepcionante”. Segundo ele, é possível que o bloco tenha entrado em recessão técnica no segundo semestre de 2023.

Guindos disse ainda que o atual nível das taxas de juros “deverá dar substancial contribuição para a volta oportuna da inflação à meta” oficial de 2%, “se mantido por um período suficientemente logo”.

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Em dezembro, o BCE deixou suas principais taxas de juros inalteradas. O petróleo opera em baixa, enquanto o dólar se mostra fraco ante maioria das divisas.

No Brasil

O dia pode ser de leves ganhos para o Ibovespa, mas o movimento pode ser limitado pela queda moderada do petróleo e de 3,02% do minério de ferro em Dalian, na China.

O EWZ, principal fundo de índice (Exchange Traded Fund, ETF) brasileiro negociado em Nova York, subia 0,38% no pré-mercado por volta das 7h20.

O dólar mais fraco lá fora pode beneficiar o real e o recuo dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), favorecer alívio na curva de juros futuros enquanto investidores aguardam pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2023.

A mediana do mercado indica aceleração do IPCA de 0,49% em dezembro, ante 0,28% em novembro, e no fechamento do ano, alta de 4,55%, ante 5,79% em 2022. Todas as projeções indicam que a inflação ficará abaixo do teto da meta, de 4,75%, pela primeira vez desde 2020, segundo o Projeções Broadcast.

Agenda

Na agenda desta quarta-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, participa de evento virtual do JPMorgan (11h). A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga dados mensais de produção e venda de veículos.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa da Reunião Bimestral de Presidentes de Bancos Centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), das 9h às 11h45.

No exterior, o presidente da distrital de Nova York do Fed, John Williams, discursa (17h15).

*Com informação do Broadcast