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- Pesquisa realizada pelo Modalmais com 46 gestoras de fundos avaliou o sentimento dos profissionais para ativos de renda fixa, renda variável, além de câmbio e indicadores internacionais
- O ativo com maior otimismo são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
- Já o sentimento de pessimismo foi maior nos juros dos EUA e nas empresas de consumo cíclico, como varejo
Pesquisa realizada com 46 gestoras de fundos aponta o termômetro de expectativa para ativos do mercado financeiro e da economia em 2022. O relatório do banco digital Modalmais mostra a sensação de otimismo entre diferentes setores da Bolsa, classes de investimentos e indicadores. Os dados foram obtidos entre as últimas semanas doe 2021 e a primeira semana deste ano.
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Segundo os ouvidos, a perda de tração no ritmo de crescimento econômico após o 1T21 de forte recuperação e a escalada da inflação como há tempos não se via foram os dois principais fatores da volatilidade de 2021. Para este ano, setor financeiro e de saúde, além de empresas de petróleo e gás devem ter resultados mais otimistas.
De acordo com o Modalmais, a influência dos gargalos em cadeias produtivas, assim como o aumento do preço das commodities e a oscilação do câmbio devem gerar ainda preocupação no que tange o impacto da inflação na economia doméstica e, também, internacional.
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A pesquisa considerou quatro grupos: Bolsa Brasil; Juros e Inflação Brasil; Crédito Privado; e Outros. No primeiro, foi analisado o mercado de acionário, tanto o Ibovespa como setores das empresas listadas na Bolsa. Já a segunda categoria, ficou com títulos públicos prefixados, pós-fixado e atrelados à inflação. Na categoria Outros, foram avaliados as moedas, além de ouro, S&P e juros americanos.
Ao todo, foram 32 sub-grupos de ativos. Para cada um deles, os gestores poderiam escolher um sentimento: muito pessimista, pessimista, neutro, otimista e muito otimista.
Ibovespa: índice e setores
Comparado com a mesma pesquisa realizada em julho de 2021, os gestores estão mais pessimistas quanto ao desempenho do Ibovespa, principal índice acionário do mercado brasileiro.
Na edição anterior, 83% afirmaram otimista quanto ao futuro próximo do índice. Por outro lado, na edição divulgada neste mês, a taxa é de 43%. Segundo o Modalmais, os principais fatores que justificam a mudança de comportamento são a inflação alta nacional e global, além de tensões pré-eleitorais e do retorno nos casos de internação com variantes do coronavírus, como a Ômicron.
Saindo da visão ampla e avaliando os segmentos, as empresas do setor financeiro (61%) foi o grupo com maior sentimento otimista. Em seguida, aparecem materiais básicos (54%) e saúde (51%).
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Um setor de destaque é o de petróleo, gás e biocombustíveis. Dos participantes, 19% afirmaram estar muito otimistas e 47% declaram otimista. Já no lado negativo, os segmentos com maior pessimismo, estão, consumo cíclico (44%) e tecnologia da informação (32%).
Ainda na perspectiva dos gestores para a performance do Ibovespa ao longo do ano, eles apontaram o nível ao qual o índice pode chegar em três diferentes cenários que a economia pode desempenhar, dependendo das variáveis político-econômicas: otimista, neutro e pessimista. A média apontada pelas 46 gestoras foi de: 135 mil, 115 mil e 90 mil pontos, respectivamente.
Renda fixa
Saindo do mercado acionário e avaliando títulos públicos atrelados à inflação e à taxa de juros, os ativos pós-fixados de curto prazo (42%) e de inflação a médio prazo (39%) são os ativos com maior otimismo.
Inflação a curto prazo (27%) e prefixado a médio prazo (21%) são os ativos com maior sensação de pessimismo.
Na perspectiva de cenários, a média da Selic em uma economia pessimista apontada foi de 13% no ano. No cenário neutro o valor é de 11,75%, o mesmo apontado pelo Boletim Focus. Em um panorama otimista, os gestores avaliam uma Selic de 10,75%, valor anunciado na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.
Crédito privado
Entre todos os ativos perguntados, seja Bolsa, títulos públicos e crédito privado, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) foi considerado os tipo mais otimista pelos gestores. Entre os ouvidos, 60% apontaram sentimento otimista. Outros 35% classificaram como neutro e, apenas, 5% marcaram muito pessimista.
Câmbio
Na avaliação dos gestores sobre o câmbio, a média para um cenário otimista é que o dólar chegue a R$ 5. Em perspectivas neutra e pessimista, o esperado para a moeda americana é de R$ 5,60 e R$ 6,20, respectivamente.
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Para 58% dos ouvidos pela pesquisa, o juros dos EUA é considerado pessimista para o ano. Apesar disso, o dólar foi apontado como otimista para 46% e neutro para 45% dos entrevistados.
O real é considerado pessimista para 27%. Tanto nas categorias neutro, como em otimista, a taxa foi a mesma, 35% dos gestores.