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Presidente da Petrobras fala sobre nova política de distribuição de dividendos

Roberto Castello Branco rebateu os comentários sobre possíveis interferências políticas no pagamento

Presidente da Petrobras fala sobre nova política de distribuição de dividendos
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobrás. (Sergio Moraes/ Reuters)

(Estadão Conteúdo) – Ao comentar a nova política de distribuição de dividendos e possíveis interferências políticas no pagamento, o presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou que decisões de investimento cabem ao conselho de administração e que isso está previsto no estatuto social da companhia.

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A responsabilidade de aprovar ou não o valor de dividendos a ser pago é da assembleia de acionistas. “Não existe como blindar uma empresa. A melhor maneira de minimizar riscos futuros de intervenções que provoquem distorções e prejuízos é construir uma companhia sólida, de eficiência e qualidade. Assim, quem pensar em intervir vai ter que pensar dez vezes, porque suas más intenções vão ser facilmente percebidas”, afirmou em coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro do terceiro trimestre.

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Ele disse também que a Petrobras não trabalha com uma meta de desinvestimentos, porque isso seria um palpite. “O que vai definir (o valor acumulado com a venda de ativos) são as condições de mercado. Apenas revelamos os ativos à venda e o estágio do processo de venda”, disse.

Decisão

O conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou, na terça-feira (27), a revisão da Política de Remuneração aos Acionistas, com objetivo de possibilitar que a Administração proponha o pagamento de dividendos compatíveis com a geração de caixa da companhia, mesmo em exercícios em que não for apurado lucro contábil.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal informa que com as alterações aprovadas, no cenário em que o endividamento bruto da companhia estiver acima de US$ 60 bilhões, poderá ser apresentada a proposta de distribuição de dividendos, sem apuração de lucro contábil, quando se verificar redução de dívida líquida no período de 12 meses anteriores, caso a Administração entenda que será preservada a sustentabilidade financeira da companhia.