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- A entidade reúne produtores de celulose, papel, painéis, pisos de madeira e florestas no Brasil
- Klabin e Suzano, as duas maiores empresas do setor, já acumulam no ano altas de 11,33% e 24,99%, respectivamente
À medida que os números de 2020 vão sendo divulgados, percebe-se a força do Brasil no setor exportador. Desta vez, o recorde vem da produção brasileira de celulose, que atingiu o segundo maior volume da história do País, com 20,95 milhões de toneladas e um aumento de 6,4% em relação a 2019, segundo informações do relatório “Cenários”, da Indústria Brasileira de Árvores (IBA), que reúne produtores de celulose, papel, painéis, pisos de madeira e florestas no Brasil.
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Outro ponto de destaque é a informação de que as exportações da matéria-prima também aumentaram em 6,1%, atingindo 15,6 milhões de toneladas. Só nos últimos três meses, as saídas avançaram 12,7%.
Apesar do volume ter sido maior em 2020, as receitas com as exportações diminuíram na comparação com 2019, atingindo R$ 5,9 bilhões frente aos R$ 7,4 bilhões do ano anterior, ou seja, uma queda de 19,9%.
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O principal consumidor da celulose brasileira, a China, representa 47,9% das exportações da matéria-prima nacional. Contudo, as saídas para o gigante asiático também diminuíram, alcançando os R$ 2,8 bilhões, queda de 11,7% quando comparado com 2019.
Empresas brasileiras do setor
As empresas brasileiras do segmento de celulose, Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), têm se aproveitado da alta do preço da commoditie e também da desvalorização do real, que torna nossos preços mais competitivos no mercado internacional.
Até o primeiro dia do mês de março, as ações das duas empresas já se valorizaram em 11,33% e 24,99%, respectivamente, no acumulado do ano. Segundo relatório da Ágora Investimentos, ambas as organizações tendem a se beneficiar da alta do preço da celulose, que segundo estimativas da casa pode chegar aos US$ 760 por tonelada em dezembro de 2021.
Na opinião da Ágora, a Suzano é a ação preferida do setor de papel e celulose. “A companhia deve continuar apresentando forte desempenho operacional, principalmente agora que está praticamente de volta à plena capacidade, podendo “liberar” todo o seu potencial (sinergias, diluição de custos fixos). Como consequência, estimamos forte geração de fluxo de caixa livre”, diz o relatório.
Já sobre a Klabin, a casa estima que a companhia deve ver os índices de alavancagem aumentarem, uma vez que possui cerca de 80% de sua dívida em dólares americanos. “No entanto, o aumento significativo no EBITDA e do FCL (fluxo de caixa livre), mais do que compensará o impacto pontual na dívida ao longo do tempo”, conclui.
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