Com IPO do Nubank, Cristina Junqueira ganha US$ 1,1 bilhão e se torna nova bilionária 'self-made'. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
Considerada uma das mulheres mais poderosas do Brasil em 2020 pela Revista Forbes, Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank, deu mais um passo em direção a quebra de recordes nesta semana. Com a estreia do ‘roxinho’ na Bolsa de Nova York, a executiva passa a integrar a lista restrita de mulheres bilionárias e que construíram sozinhas as próprias fortunas.
Segundo a Bloomberg, mulheres não herdeiras são apenas 3% das 500 pessoas mais ricas do mundo no Índice Bloomberg Billionaires. Atualmente, Junqueira possui cerca de 2,6% do banco digital, que foi avaliado em US$ 41,5 bilhões após o IPO (Oferta Pública Inicial).
Agora, o Nubank ocupa o posto de banco mais valioso da América Latina, alcunha que antes pertencia ao Itaú Unibanco – e a CEO ganha US$ 1,1 bilhão.
Aliás, antes de se juntar ao colombiano David Velez na criação da fintech, Junqueira trabalhou durante quase uma década com consultoria estratégica e em bancos tradicionais (de 2003 a 2012). No próprio Itaú, desbancado pelo Nubank em valor de mercado, a empresária foi analista de sistemas, superintendente e gerente na área de cartão de crédito.
A experiência dentro do ‘bancão’ foi essencial para traçar os caminhos que trariam destaque à fintech, fundada em 2013. A ideia inicial era de que o Nubank fosse um contraponto às instituições financeiras tradicionais, com menos cobranças de tarifas e processos desburocratizados. De fato, a proposta de fintech agradou e atraiu clientes, que já somam mais de 40 milhões.
Vale ressaltar que Junqueira se divide entre a carreira profissional e a maternidade. Grávida da terceira filha, a especialista tem graduação e mestrado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), além de um MBA pela Northwestern University (Kellogg School of Management). A empreendedora também foi a primeira brasileira a posar grávida para a capa de uma revista de negócios.