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Negócios

Como o bilionário fundador da Evergrande escapou da mais recente crise

O grupo comandado por Hui Ka Yan acumula dívida de US$ 120 bilhões e pelo menos US$ 5,8 bi deverão ser pagos nos próximos dois meses

Por E-Investidor

08/10/2020 | 18:40 Atualização: 08/10/2020 | 18:45

O empresário Hui Ka Yan (Foto: Reuters / Bobby Yip)
O empresário Hui Ka Yan (Foto: Reuters / Bobby Yip)

(WP Bloomberg) – O bilionário Hui Ka Yan, que começou na pobreza e hoje comanda a construtora mais endividada da China, escapou de sua mais recente crise da mesma forma habitual: recorrendo à ajuda de amigos ricos e de um governo com medo da instabilidade financeira.

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O China Evergrande Group, de Hui, fechou um acordo na semana passada com um grupo de investidores que abriram mão do seu direito de exigir da empresa um pagamento de US$ 13 bilhões, evitando uma possível moratória que teria repercutido nos mercados financeiros da China e além.

O acordo proporciona um alívio muito necessário para o Evergrande, mas, com sua dívida de US$ 120 bilhões — e pelo menos US$ 5,8 bilhões a serem pagos apenas nos próximos dois meses — a construtora de maior receita da China ainda não está livre de problemas. A empresa ainda precisa desesperadamente conter o endividamento e vender ativos, ou corre o risco de cair em outro aperto de crédito, de acordo com os analistas.

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A foto do grupo, tirada em Pequim no dia 29 de setembro para anunciar o acordo, com Hui de pé em meio a 35 sorridentes executivos de importância estratégica, que aplaudem, esconde o quanto o magnata e sua empresa estiveram perto do precipício.

Com a aproximação da data-limite para pagamento em janeiro, Hui e seus executivos trabalharam para conquistar os investidores, recorrendo aos bilionários amigos dele e seus contatos na indústria, ao mesmo tempo apelando a governos locais em busca de apoio para evitar uma crise, de acordo com pessoas informadas a respeito das negociações.

Em agosto, o Evergrande enviou uma carta ao governo provincial de Guangdong alertando as autoridades para o risco de os pagamentos causarem uma crise de liquidez e , potencialmente, desencadear uma onda de moratórias no setor financeiro como um todo. A notícia do pedido de ajuda alcançou o público no dia 24 de setembro, derrubando o valor das ações e obrigações do Evergrande enquanto a empresa rechaçava as preocupações nascidas de boatos e documentos “fabricados”.

A província de Guangdong e a cidade de Shenzhen, onde fica a sede do Evergrande, intervieram para ajudar a estabilizar a situação, de acordo com pessoas informadas a respeito dos planos que pediram para não serem identificadas ao comentar assuntos privados. Os governos têm grande envolvimento no Evergrande, a terceira empresa de maior receita na província em 2018.

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As autoridades de Shenzhen defenderam os esforços de Hui para convencer os investidores a aceitaram um acordo, enquanto o próprio Hui fez um desses telefonemas, de acordo com as fontes. De acordo com os termos de um acordo de 2017, os investidores têm o direito de exigir o pagamento de 130 bilhões de yuans (US$ 19 bilhões) a não ser que a empresa tenha seu capital aberto na bolsa de valores de Shenzhen até 31 de janeiro. Alguns analistas duvidam que o Evergrande conseguirá a aprovação necessária, pois os governantes nacionais limitaram as opções de financiamento para as construtoras no intuito de esfriar a especulação imobiliária.

O Evergrande não respondeu imediatamente aos pedidos de contato. Os telefonemas para a assessoria de imprensa dos governos de Guangdong e Shenzhen não foram atendidas.

Ação e reação

As ações do Evergrande tiveram alta de 0,30% nas negociações de segunda feira em Hong Kong, chegando a HK$ 19,76 após uma pausa de dois dias.

Um dos principais investidores a serem convencidos era o Suning Appliance Group. A varejista era dona da segunda maior fatia da dívida, com participação de 20 bilhões de yuans, e deixou claro que exigiria o pagamento para quitar as próprias dívidas.

Mas, como muitos desses investidores, a Suning é uma fornecedora do Evergrande, o que significa que o colapso deste também afetaria negativamente seus negócios. Outra envolvida, Guangtian Holdings, depende do Evergrande para garantir 47% da receita de sua unidade principal, enquanto um braço da firma de design de interiores investe até no time de futebol de Hui em Guangzhou.

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Hui, 61 anos, conhecido por saber se alinhar às prioridades do Partido Comunista, também pode ter sido beneficiado pelo desejo de Pequim de chegar rapidamente a uma solução. Com a aproximação do feriado nacional da “semana dourada”, de oito dias, a partir de 1.º de outubro, as autoridades reguladoras estavam ansiosas para evitar um derretimento do Evergrande nos mercados globais enquanto a China estivesse fechada, de acordo com uma das fontes. A construtora está exposta internacionalmente graças a US$ 27 bilhões em obrigações, e à participação na bolsa de valores de Hong Kong.

Pequim também desejaria evitar distrações antes da reunião do comitê central, no fim de outubro, quando o Partido Comunista deve definir seu próximo plano quinquenal e começar o rascunho dos planos para até 2035.

Como resultado, o drama do Evergrande chegou aos mais altos escalões em Pequim. O gabinete chinês e sua comissão de estabilidade financeira, presidido pelo vice-premiê Liu He, debateram o caso da empresa sem tomar nenhuma decisão de intervir, de acordo com as fontes. Alguns reguladores pensaram em alternativas como direcionar empresas estatais para que comprassem as obrigações, ou dar à empresa luz verde para a abertura do capital de sua divisão de veículos elétricos, disse uma das fontes.

Com os ativos do Evergrande despencando no mês passado, Hui também recebeu ajuda de alguns de seus antigos apoiadores. Entre eles estava uma empresa de investimentos pertencente em parte a Cheung Chung Kiu, magnata do setor imobiliário conhecido por ser um dos parceiros de Hui no pôquer. Lombard Odier, que investe nas obrigações offshore do Evergrande desde 2017, e duas construtoras de Hong Kong — Asia Standard International Group e Asia Standard Hotel Group — também ampliaram sua participação.

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No fim, a queda de braço deu resultado. A maioria dos investidores, somando uma participação total de 86,3 bilhões de yuans, aceitou o acordo. Isso incluiu Zhang Jindong, da Suning, antes contrário ao acordo, visto ao lado de Hui na foto. Do outro lado de Hui estava Ye Yuanxi, da Guangtian.

Outro grupo dono de participação avaliada em 15,5 bilhões de yuans teria aceitado em princípio abrir mão do pagamento, mas o Evergrande disse que a decisão ainda não foi aprovada. Com isso, restam com os investidores 28,2 bilhões de yuans ainda a serem negociados. Entre os investidores que não aceitaram o acordo está uma unidade de truste do Citic Group, um dos maiores conglomerados da China, de acordo com as fontes. Para fechar o acordo, o Citic precisaria do consentimento individual de seus investidores.

Com a decisão de abrir mão do imenso pagamento iminente, Hui ganhou sobrevida financeira, destacando o quanto sua habilidade de recorrer aos contatos pessoais e decifrar as intenções de Pequim o serviu bem ao longo dos anos.

Da construção frenética de projetos de infraestrutura e habitação que viriam a definir a China, até o investimento no futebol — paixão do presidente President Xi Jinping — ou a participação na indústria de carros elétricos, Hui surfou a onda das diferentes necessidades da China, explorando os setores mais aquecidos, que desfrutam do apoio do governo.

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“É extremamente importante fazer negócios alinhados à política do governo na China e, no passado, o Evergrande teve excelente desempenho nesse aspecto”, disse Maggie Hu, professora-assistente de finanças e mercado imobiliário da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Essa agilidade contribuiu para a ascensão meteórica do quarto homem mais rico da China, que teve origem humilde e hoje é dono de uma fortuna de quase US$ 30 bilhões.

Hui, também conhecido como Xu Jiayin em mandarim, nasceu na província de Henan em 1958. Perdeu a mãe quando tinha apenas oito meses, e foi criado pela avó, que vendia vinagre caseiro, e pelo avô, lenhador. A família tinha dificuldade para arcar com as despesas escolares dele. As adversidades enfrentadas na vida reforçaram a crença de Hui segundo a qual o “conhecimento pode alterar o destino”, de acordo com o site da empresa dele.

“Conheço bem a pobreza”, disse Hui em raro discurso de 2018 feito ao receber um prêmio de filantropia. “Na escola, eu só comia batata doce e pão no vapor. Sonhava em deixar o vilarejo e comer melhor.”

Por trás do executivo

Incentivado pela perspectiva dos planos de reforma econômica de Deng Xiaoping, Hui deixou o emprego em uma siderúrgica em 1992 e rumou para Shenzhen. Posteriormente, entrou para o ramo imobiliário em Guangzhou, capital de Guangdong.

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Em seu discurso de 2018, Hui atribuiu às reformas de Deng o crescimento do seu grupo: “Para mim e para o Evergrande, tudo é dado pelo partido, pelo estado e pela sociedade”, disse ele.

Mas agora o estado tem o Evergrande na mira enquanto tenta controlar o setor imobiliário. Autoridades reguladoras chinesas estão introduzindo uma regra das “três linhas vermelhas” para reduzir o endividamento ligado às propriedades, de acordo com fontes informadas a respeito do processo. Atualmente, as restrições se aplicam a grandes construtoras incluindo o Evergrande, e podem ser estendidas a outras.

De acordo com os novos parâmetros, as construtoras enfrentarão restrições ao financiamento se violarem três métricas, incluindo um limite de 100% na relação entre endividamento líquido e patrimônio. O Evergrande infringe todos os três critérios, de acordo com Glenn Ko, analista do HSBC.

Próximos passos da Evergrande

O Evergrande, que opera em 280 cidades e controla terrenos que, juntos, dão uma área cinco vezes maior que Manhattan, já enfrentou problemas parecidos antes. Em 2012, o grupo foi alvo do negociador Andrew Left e, desde então, enfrenta apelos de investidores e agências de classificação para reduzir seu endividamento.

Mesmo com o acordo com os investidores, o pesado endividamento continua. Em agosto, o Evergrande reiterou uma meta agressiva prevendo um corte da ordem de 150 bilhões de yuans nos empréstimos anuais de 2020 a 2022, o equivalente a cerca da metade do seu endividamento. Por enquanto, o grupo não conseguiu alcançá-la.

Desde então, a empresa se lançou em uma campanha de vendas em todo o país, oferecendo propriedades com grandes descontos para captar dinheiro. Obteve US$ 3 bilhões vendendo sua participação na divisão de serviços de propriedade e reduziu os gastos com terrenos. As vendas de condomínios durante o feriado atual da “semana dourada” vai traçar um panorama atual do seu progresso, indicando se o caso do Evergrande seguirá preocupando os mercados na China.

“O Evergrande pode desencadear uma reação em cadeia em todo o setor financeiro e imobiliário”, disse Louis Tse, diretor administrativo da VC Asset Management em Hong Kong. “Se o grupo afundar, haverá uma onda de choque nos ramos imobiliário, financeiro e na China como um todo.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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