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Apenas 31% dos gestores veem Ibovespa acima de 120 mil pontos em 2022

Segundo pesquisa do BofA, os gestores de fundos da América Latina pioraram as suas expectativas

Apenas 31% dos gestores veem Ibovespa acima de 120 mil pontos em 2022
Foto: Robson Fernandjes/Estadão

Os gestores de fundos da América Latina pioraram as suas expectativas de desempenho da economia e da Bolsa brasileira em 2022 entre outubro e novembro, constatou o LatAm Fund Manager Survey, do Bank of America (BofA).

De acordo com o levantamento, a proporção dos gestores que esperam que o Ibovespa encerre o ano que vem acima de 120 mil pontos caiu de 44% para 31% no período. Apenas 10% dos investidores estimam que a bolsa chegue até o fim de 2022 acima de 130 mil pontos, e nenhum dos gestores consultados prevê Ibovespa de 150 mil pontos ou mais.

Apenas 21% dos gestores consultados em novembro esperam que as ações brasileiras tenham desempenho acima de outras classes de ativos nos próximos seis meses, o nível mais baixo desde o início da pesquisa do BofA, em março de 2018.

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No ano que vem, 41% dos gestores consultados pelo BofA estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer entre 0% e 1% – em outubro, a aposta majoritária, de quase 60%, era de expansão entre 1% e 2%. Agora, 14% preveem queda do PIB no ano que vem. A maior parte dos gestores entrevistados pelo BofA prevê aumento da taxa Selic a dois dígitos no fim de 2022, em um nível entre 10% e 12,75%. Para mais de 40% dos investidores, juros a partir de 12% poderiam causar uma recessão no ano que vem.

Segundo 65% dos participantes, uma Selic maior ou igual a 10% seria suficiente para fazer com que o ingresso de recursos em ações pare no País.

A maior parte dos gestores consultados pelo BofA espera que o dólar chegue ao fim de 2022 cotado entre R$ 5,41 e R$ 5,70, estimativa citada por mais de 40% dos entrevistados. Apenas 20% avaliam que a moeda americana deve encerrar o ano que vem abaixo de R$ 5,10.

Em novembro, a maior parte dos gestores considerou que o principal risco de cauda para o Brasil é a deterioração fiscal, citada por quase 60% dos participantes. Quase 40% avaliaram que as eleições são o maior risco, e nenhum dos entrevistados mencionou o coronavírus como um perigo.

Para 49% dos investidores, a reforma tributária deve ser aprovada no País em 2022. Outros 21% avaliam que a proposta só deve ser aprovada de 2023 em diante. Para 45% dos gestores, a nota de crédito soberano do Brasil não deve ser reduzida.

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O LatAm Fund Manager Survey de novembro ouviu 29 gestores com cerca de US$ 71 bilhões sob gestão.