O endividamento das famílias brasileiras registrou um aumento significativo no mês de março. É o que mostra uma pesquisa recente do Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor). Os números mostram que 78,1% delas possuem dívidas a vencer, representando um incremento de 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior.
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Os dados foram coletados na mais recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A pesquisa apontou que o cartão de crédito se manteve como o principal vilão do endividamento, representando 86,9% dos casos. Além disso, o crédito pessoal e os financiamentos imobiliário e de veículos também registraram aumento no número de endividados.
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Dentre os comportamentos do endividamento, um ponto de destaque foi a diferença entre os gêneros. O aumento de 0,4 p.p. entre os homens em comparação a março de 2023, do que o endividamento entre as mulheres, que apresentou uma queda de 0,7 ponto percentual.
Além disso, o aumento do endividamento não foi homogêneo em todos os grupos sociais. As famílias de baixa renda, com ganhos de até 3 salários mínimos, foram as que mais contribuíram para o crescimento do endividamento, atingindo a marca de 79,7%.
O grupo também liderou o aumento das dívidas em atraso, com um acréscimo de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Entretanto, houve uma melhoria no indicador de expectativa para pagamento das dívidas atrasadas entre as famílias de baixa renda, reflexo dos programas sociais e do auxílio ao crédito implementados.
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Colaborou: Renata Duque.