O cenário macroeconômico que se desenha neste ano indica que pode haver uma rotação de carteiras, com saída de fluxo da renda fixa e do crédito privado para ativos de maior risco, como renda variável e fundos. Por outro lado, as taxas dos ativos mais conservadores continuam atrativas. A avaliação é de Alexandre Reda, líder de estruturação e produtos do MB.
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“No começo do ano passado, o mercado de crédito privado no Brasil teve liquidez reduzida e os spreads abriram, com preocupação grande em meio ao evento de Americanas (AMER3) e com um possível credit crunch (crises graves no mercado de crédito), enquanto lá fora tivemos casos como o SVB (Silicon Valley Bank, banco norte-americano que quebrou) também em meio ao cenário de juros altos nos Estados Unidos. Ao longo do ano houve estabilização da taxa de juros e inflação arrefecendo, e início do processo de redução de juros no Brasil”, disse Reda, durante participação no Smart Summit, evento promovido pela InvestSmart. “É possível que agora a gente veja uma rotação [das carteiras] para renda variável, fundos.”
Por outro lado, para os investidores que ainda não querem sair da renda fixa e do crédito privado, o executivo afirma que os ativos continuam com “taxas atrativas”.
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Entre os riscos a serem observados, Reda destaca o cenário nos Estados Unidos. Por lá, os juros estão no pico, com perspectivas de redução, mas a economia está muito aquecida. “O Brasil não é uma ilha, depende também da principal referência mundial para a taxa de juros para que a gente consiga ter uma visibilidade do mercado financeiro brasileiro”, diz.