O bitcoin caiu nesta terça-feira (13) na esteira do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mais forte do que o esperado em janeiro. A leitura do dia indicou inflação de serviços ainda muito elevada, o que alimentou as apostas por cortes de juros mais tardios pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e prejudicou a atratividade de ativos de risco, como o bitcoin e outras criptomoedas.
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Às 17h (de Brasília), o bitcoin caía 1,4%, a US$ 49.066,95. Já o ethereum avançava 0,3%, a US$ 2.628,51. As cotações são da Binance.
Segundo o CME Group, as apostas pelo primeiro corte do Fed passaram da reunião de maio para a de junho. A inflação resiliente nos Estados Unidos “puxou o tapete” do bitcoin, que vinha em um crescente rali e na segunda-feira ficou acima de US$ 50 mil pela primeira vez desde 2021, conforme avalia Craig Erlam, da Oanda. Mesmo assim, ele afirma que embora seja prejudicial no curto prazo a perspectiva de juros não deve prejudicar muito o clima no espaço das criptomoedas.
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A diretora de pesquisa da CoinDesk Noelle Acheson escreveu, em sua newsletter diária Crypto is Macro, que a tendência do bitcoin no curto prazo ainda é de alta, podendo tocar US$ 60 mil, “deixando as opções em aberto”. Segundo ela, conforme aumenta a percepção de investidores de que o bitcoin é um ativo de diversificação, e enquanto há “um salto na acessibilidade por meio das listagens de ETFs (fundos de índice negociados na bolsa) à vista”, a expectativa é que o preço do bitcoin seja empurrado para cima gradativamente, sem grande resistência.