A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 oscilou de 4,38% para 4,39%, em alta pela segunda semana seguida e aproximando-se ainda mais do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, ela estava em 4,35%. Considerando apenas as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária passou de 4,40% para 4,45%.
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Na última quarta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA avançou 0,44% em setembro – pouco abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,45% – e atingiu 4,42% em 12 meses. Economistas mencionaram uma preocupação com a dinâmica dos preços de alimentos, devido ao impacto de eventos climáticos.
A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 3,97% para 3,96%, mais próxima do limite superior do alvo, de 4,50%, do que do centro, de 3%.
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A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central (BC) terá descumprido a meta. Considerando as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 3,92% para 3,94%.
As medianas para os horizontes mais longos permaneceram descoladas da meta, em 3,60% para 2026 e 3,50% para 2027. O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária, no cenário com a taxa Selic do relatório Focus e dólar começando em R$ 5,60 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.
Previsões do Focus para Selic
A mediana do documento do BC para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela segunda semana consecutiva, indicando uma consolidação na expectativa do mercado de que o Copom aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões, em novembro e dezembro. Um mês atrás, a estimativa intermediária estava em 11,25%. Considerando apenas as 50 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa também se manteve em 11,75% na última semana.
A mediana para os juros no fim de 2025 subiu de 10,75% para 11,0%, contra 10,50% um mês atrás, sinalizando que o mercado vê menos espaço para cortes na Selic ao longo do próximo ano. Levando em conta apenas as 49 projeções atualizadas do boletim Focus entre as últimas segunda (7) e sexta-feira (11), a estimativa ficou em 10,75%. A mediana para os juros no fim de 2026 continuou em 9,50%, como está há sete semanas. A projeção para o fim de 2027 seguiu em 9,0%, estável há 21 semanas.