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Dólar hoje pode sofrer correção no exterior de olho em inflação dos EUA

Em julho, a moeda acumula perdas de 3,14%, mas ainda apresenta alta de 11,52% em 2024

Dólar hoje pode sofrer correção no exterior de olho em inflação dos EUA
Dólar americano (Foto: Adobe Stock)

O dólar hoje tende a oscilar entre margens estreitas, espelhando o desempenho da divisa americana no exterior em meio a dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA de junho. A moeda americana acumula perdas de 3% no mês, e uma alta para realização não é descartada, dependendo principalmente da reação ao CPI dos EUA.

Um viés de baixa nos primeiros negócios é possível, diante da alta das commodities e ajustando-se à desvalorização externa do dólar em relação a pares principais e várias divisas emergentes ligadas a produtos básicos. No entanto, uma relativa acomodação dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa americana) pode também limitar a volatilidade cambial.

A esperança dos investidores é de que a inflação ao consumidor americana possa consolidar, ou não, a aposta já majoritária em início de corte de juros em setembro. A taxa anunciada na manhã desta quinta-feira caiu 0,1% em junho ante maio, segundo o Departamento do Trabalho americano – analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast estimavam, porém, alta 0,1% no CPI.

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Na agenda do dia, os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA e discursos de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed) também serão monitorados: Alberto Musalem, de St. Louis (12h), e Raphael Bostic, de Atlanta (12h30). A agenda enxuta traz os dados de vendas no varejo restrito e ampliado em maio, calibrando as apostas em início ou não do corte de juros em setembro no país. No Brasil, a repercussão da reforma tributária, as vendas no varejo e os leilões de venda de títulos prefixados do Tesouro (11h) são os destaques – confira toda a agenda econômica do dia aqui.

Em relação à pauta da desoneração da folha de pagamentos, o governo sugeriu ao Congresso uma espécie de “gatilho” para que o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) só seja possível caso a arrecadação com as medidas propostas pelo Senado para compensar a desoneração da folha de pagamento se mostrarem insuficientes, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast Político. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta reestimou o impacto da desoneração da folha e do benefício previdenciário para municípios no orçamento deste ano, para entre R$ 17 bilhões e R$ 18 bilhões.

Na quarta-feira (10), o dólar à vista fechou a R$ 5,4126, em queda de 0,04%. Em julho, a moeda acumula perdas de 3,14%, mas ainda carrega alta de 11,52% em 2024. O dólar futuro para agosto encerrou a R$ 5,4300 (-0,09%).