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Por que os fundos ESG decresceram no Brasil? Especialistas respondem

O fundador e CIO da Fama Investimentos associa o fenômeno à falta de apoio de donos dos ativos

Por que os fundos ESG decresceram no Brasil? Especialistas respondem
(Foto: Pixabay)

O movimento em direção a boas práticas ESG foi, de maneira geral, em todo o mundo puxado pelos asset owners – os donos dos ativos, que pressionaram os gestores pela adequação e modernização. Por sua vez, os gestores passaram a engajar as empresas em abordagens mais sustentáveis. Porém, no Brasil foi diferente, disse Fabio Alperowitch, fundador e CIO da Fama Investimentos.

“A onda ESG que vivemos entre 2020 e 2021 foi mais presente nos gestores do que nos donos dos ativos. Sem o engajamento destes, a transição não se firmou. Produtos focados em sustentabilidade foram encerrados e departamentos foram fechados”, afirmou Alperowitch.

Para o executivo, é preciso conscientizar as pessoas de que todo o dinheiro que elas têm no banco está financiando alguma coisa, e elas precisam saber o que é.

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“Os funcionários dos fundos têm dever fiduciário: investir em empresas que têm práticas ruins equivale a dar sobrevida a essas condutas”, comentou, em painel sobre responsabilidade empresarial, durante o Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (SIGA), promovido pela Previ.

Um “disciplinamento sistêmico” será necessário para levar o mercado à adoção mais ampla da abordagem ESG nas alocações, avalia André Roncaglia, professor de Economia da Unifesp e doutor pela USP.

“Eu não vejo ESG como bala de prata. ESG qualifica o direcionamento dos recursos. O mercado não gosta, porque vem agindo em outra direção por décadas”, pontuou.

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