(Reuters) – A Exxon Mobil Corp vê seus investimentos no mar do Brasil ajudando a empresa a alcançar seu objetivo de diminuir as emissões de carbono na produção de petróleo e gás, disse o diretor do país, Juan Lessmann, nesta quarta-feira, 18.
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O conselho da Exxon está considerando um compromisso de cortar as emissões de carbono para zero até 2050, em meio à pressão de grandes investidores para tratar de preocupações com as mudanças climáticas.
Anteriormente, a empresa prometeu reduzir a intensidade das suas emissões na produção de petróleo e gás de 15% para 20%, até 2025.
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“Esse é o foco agora: redução de emissões”, disse Lessmann em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Texas. “O Brasil traz uma grande oportunidade para isso”. Nos últimos quatro anos, a Exxon emergiu como a segunda maior proprietária de áreas offshore no Brasil, depois da Petrobras.
A maior companhia de petróleo dos Estados Unidos adquiriu mais de 20 blocos e lista o país da América do Sul como uma de suas principais áreas de expansão.
Lessmann disse que o petróleo do pré-sal gera menos emissões por barril produzido devido à maior qualidade e a tecnologia de produção empregada.
Cada barril de petróleo produzido no campo de Búzios, por exemplo, resulta em 9 kg de CO2, menos da metade da média da indústria.
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O Brasil está organizando duas rodadas de petróleo este ano, a primeira em outubro sob modelo de concessão.
Em dezembro, o país irá oferecer dois blocos no pré-sal sob regras de partilha, em que os produtores dividem parte da produção com o governo. Lessmann não comentou sobre a potencial participação da Exxon nas duas rodadas.
Os blocos que serão licitados em dezembro – Sépia e Atapu (no excedente da cessão onerosa) – foram disponibilizados a primeira vez em 2019, em um leilão de petróleo que não conseguiu atrair empresas, incluindo a Exxon. Autoridades brasileiras, desde então, melhoraram as condições para atrair interessados além da Petrobras.
A produção de petróleo dos volumes excedentes da cessão onerosa, que inclui também Búzios e Itapu (já leiloados), deverá atingir 4 bilhões de barris até 2030, ou o equivalente a 56% do bombeamento da commodity em regime de partilha no Brasil, apontou nesta quarta-feira a estatal Pré-sal Petróleo (PPSA).
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