A parcela de gestores de fundos latino-americanos que espera alta do Ibovespa acima dos 140 mil pontos no fim deste ano subiu de 48% em dezembro para 63% em janeiro. Os dados constam da edição mais recente da pesquisa LatAm Fund Manager Survey, realizada pelo Bank of America (BofA).
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Dois de cada três entrevistados, ou 67%, disseram que pretendem aumentar a alocação em ações nos próximos seis meses, o maior nível desde setembro de 2022. Na pesquisa anterior, eram 51%. E a proporção de recursos em caixa nas carteiras – dinheiro ou títulos de alta liquidez – caiu de 7% para 5,7%, ao menor marca desde fevereiro de 2022.
Os gestores também esperam um ciclo expressivo de cortes da taxa Selic. Para 70% deles, o Banco Central diminuirá os juros abaixo de 9%. Quase metade espera que a taxa básica fique entre 8,25% e 9% no fim do ciclo. A mediana do último relatório de mercado Focus é de 9%.
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Para 47% dos gestores, os investidores pessoa física voltarão a alocar recursos em ações quando a taxa Selic chegar a 10%. Outros 33% dizem que isso vai ocorrer quando os juros tocarem a marca de 9%.
Em relação ao crescimento econômico, 77% dos gestores esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avance mais do que 2% em 2023, uma razão similar à do mês anterior. Em 2024, a maioria dos entrevistados espera um crescimento entre 1% e 2%.
Os gestores também veem espaço para valorização adicional do real este ano, com queda do dólar a um nível entre R$ 4,51 e R$ 4,80 no fim de 2024. Globalmente, quase 80% esperam enfraquecimento da moeda americana este ano, enquanto menos de 20% veem espaço para fortalecimento da divisa.
O BofA ouviu 30 gestores de fundos com aproximadamente US$ 84 bilhões sob gestão para a pesquisa de janeiro.
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