Acusada de uma “degradante” tentativa de retaliação pela Suno após a Justiça de São Paulo cumprir mandado de busca e apreensão nos escritórios da casa de análise na manhã desta terça (14), a Hectare Capital Gestora de Recursos soltou um comunicado no início da noite. No texto, a companhia afirma que há uma campanha promovida nas redes sociais contra o HCTR11, fundo gerido por ela. Como mostramos nesta reportagem, a Suno nega irregularidades.
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Sem citar nomes, a Hectare diz que foi possível identificar indícios da existência de influenciadores digitais que traziam insinuações inverídicas e enganosas, carregadas de alarmismo, a respeito do fundo HCTR11.
Isso ocorreu após a B3 enviar um ofício questionando se a Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., administradora fiduciária do HCTR11, teria conhecimento de algum fato que pudesse justificar oscilações anormais verificadas na negociação das cotas do Fundo, o que foi objeto de comunicado ao mercado divulgado em 14 de abril de 2022.
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“Àquela altura, não se tinha conhecimento de qualquer evento relacionado ao Fundo ou a seus ativos que pudesse justificar uma movimentação atípica dessa natureza, ainda que tais oscilações não deixassem de causar estranheza à Gestora”, afirma o texto. A gestora diz que a oscilação ocorreu após “manobra” para afugentar os investidores do HCTR11. “Tais publicações impactaram indevida e consideravelmente o volume de negociação, a amplitude de variação de preço do ativo e, consequentemente, o valor de mercado das cotas do Fundo, em prejuízo de toda sua base de cotistas – em especial daqueles que encerraram suas posições e auferiram resultados desfavoráveis”.
A Hectare ressaltou ainda que vem tomando as medidas cabíveis para proteger os interesses da base de cotistas do HCTR11, assumindo exclusivamente todo e qualquer custo relacionado a elas.