

O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (20) em queda de 0,48%, aos 133.500 pontos. Investidores acompanham a reação do mercado após decisão da Selic e novo leilão de dólares do Banco Central (BC) – veja aqui os principais assuntos do dia.
As bolsas de valores internacionais amanheceram sob cautela após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter os juros inalterados em 4,5% devido às incertezas da política tarifária do governo Trump.
Os índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam, após o Fed manter a previsão de dois cortes de juros em 2024.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Por aqui, o principal índice da B3 pode acompanhar o desempenho de Nova York, puxado pelo fôlego limitado das commodities hoje. Investidores ainda reagem ao resultado do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que recuou a 0,28% na segunda prévia de março, após registrar alta de 0,92% em igual leitura de fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
BC oferta até US$ 2 bilhões em novo leilão: como o dólar deve reagir?
O Banco Central fará dois leilões de linha simultâneos no mercado de câmbio, com oferta total de até US$ 2 bilhões, das 10h30 às 10h35.
O dólar em alta generalizada no exterior e a fraqueza das commodities tendem a pressionar o real para baixo na abertura dos negócios. No entanto, a realização de mais dois leilões de linha do BC pode aliviar os ajustes da taxa de câmbio. Nesta quinta-feira, o dólar abriu em alta de 0,25%, a R$ 5,6624.
O mercado de juros se ajusta ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), o que pode trazer viés de baixa nos juros curtos, diante da percepção de proximidade do fim do ciclo de alta de juros. A queda dos rendimentos dos Treasuries pode também aliviar a curva.
Selic atinge maior taxa desde outubro
O Copom elevou a Selic em 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, em decisão unânime, cumprindo o forward guidance (projeção) do BC. A taxa atinge agora seu maior nível nominal desde outubro de 2016, alcançando o mesmo patamar registrado durante a crise do governo Dilma Rousseff (PT), quando a Selic foi mantida em 14,25% entre 2015 e 2016. O ministro Fernando Haddad afirmou que só comentará a decisão após a publicação da ata do Copom, na próxima terça-feira (25).
Commodities: minério recua e petróleo opera em estabilidade
O petróleo operava perto da estabilidade, após ganhos de quarta-feira (19), de olho em tensões no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia. No início da manhã, o barril do petróleo WTI e do Brent para maio avançavam 0,20%.
O minério de ferro fechou em queda de 0,46%, cotado a 762 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 105,37 nos mercados de Dalian, na China.
Publicidade
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,59% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h56 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,21% no mesmo horário.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast