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Ibovespa hoje abre pregão em alta após ata do BCE indicar cautela; Galípolo e mais 3 assuntos também ganham destaque

Movimento do índice hoje reflete ajustes nas bolsas internacionais e também a cotação do petróleo. Veja

Ibovespa hoje abre pregão em alta após ata do BCE indicar cautela; Galípolo e mais 3 assuntos também ganham destaque
Ibovespa, o principal índice da B3. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,23%, aos 130.256 pontos nesta quinta-feira (10). A abertura de negócios ocorre de olho em Gabriel Galípolo, que teve a indicação à presidência do Banco Central (BC) confirmada pelo Senado. No exterior, a ata do Banco Central Europeu (BCE) fica no foco.

Os mercados financeiros do País podem ter ajustes estreitos, assim como no exterior, com queda nos futuros de Nova York e leve alta dos juros dos Treasuries (títulos da dívida americana). Os ativos do principal índice da B3 hoje podem ampliar ganhos apoiados no petróleo, que avança no exterior com novas tensões no Oriente Médio.

Por aqui, os olhos se voltam para Galípolo, que se reúne com representantes do Ministério da Fazenda, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da empresa Emgea e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) – confira aqui a agente completa desta quinta-feira.

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Lá fora, após o mercado digerir a ata do Fed (BC americano) sem muita empolgação, na quarta-feira (9), os olhos agora se voltam para a ata do Banco Central Europeu (BCE), que fornece detalhes da decisão da autoridade em reduzir suas principais taxas de juros em 0,25 ponto porcentual, sendo o segundo corte deste ano.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Bolsas internacionais

As bolsas de Xangai e Hong Kong subiram após o Banco do Povo da China (PBoC) lançar um swap (troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas) de 500 bilhões de yuans (US$ 70,6 bilhões) para fornecer liquidez a empresas de valores, fundos e seguros.

Em Nova York, os mercados têm ajustes moderados. O índice de preços ao consumidor (CPI) deve modular as expectativas para o ciclo de cortes de juros pelo Fed. O indicador apontou alta de 0,2% em setembro, resultado que ficou acima das estimativas (+0,1%).

A dirigente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse ver a possibilidade de mais um ou dois cortes este ano, mas que a redução de setembro não é um indicativo futuro. Já Susan Collins, de Boston, afirmou que mais ajustes na taxa de política provavelmente serão necessários.

As apostas continuam em baixa de 25 pontos-base em novembro, mas se o CPI superar as expectativas pode aumentar a probabilidade de a taxa ficar parada no nível atual. As bolsas da Europa perdem força à espera de dados de inflação dos EUA.

Ata do BCE

Segundo o documento, as autoridades concordaram em retirar a restrição monetária de forma gradual na reunião de 11 e 12 de setembro, já que não havia certeza sobre a resolução do problema da inflação na zona do euro.

“Era, portanto, muito cedo para declarar vitória, também em face das revisões para cima do núcleo da inflação nas projeções trimestrais e das recentes surpresas para cima da inflação de serviços”, diz o relatório.

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A autoridade reforça que a inflação deverá voltar a ganhar força na segunda metade deste ano. O BCE anuncia sua próxima decisão de política monetária no dia 17 de outubro.

Commodities

petróleo sobe mais de 1,80% diante da possibilidade de que Israel ataque o Irã em retaliação ao bombardeio de mísseis da semana passada – relembre aqui. Já o minério de ferro fechou em queda de 1,02% nos mercados chineses.

Mercado brasileiro

Os investidores repercutem os dados de atividade interna. As vendas do varejo brasileiro caíram 0,3% em agosto ante julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, o índice subiu 5,1% em agosto.

Contudo, o mercado segue duvidando da capacidade do BC de derrubar a inflação e também vê pouca flexibilidade do Executivo para cortar gastos e potencial piora no quadro fiscal.

  • Veja também os destaques do mercado corporativo hoje nesta matéria

Ainda no Ibovespa hoje, analistas afirmam que a proposta de desoneração do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) até R$ 5 mil em 2025, mesmo que compensada com aumento de tributação sobre ricos, deve estimular o consumo e a inflação, exigindo a manutenção de juros restritivos no país.

*Com informações do Broadcast