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Ibovespa hoje abre em queda após decisão de juros do BC europeu; veja os destaques

Dados de atividade movimentam o índice hoje que busca recuperação apoiado nas commodities. Confira

Ibovespa hoje abre em queda após decisão de juros do BC europeu; veja os destaques
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu em queda de 0,21%, aos 134.395 pontos nesta quinta-feira (12). A abertura de negócios ocorre de olho na decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Além disso, os dados de varejo, no Brasil, e de atividade e da inflação ao produtor, nos Estados Unidos, ganham destaque – confira aqui a agenda completa do dia.

O ambiente relativamente tranquilo no exterior pode ecoar nos ativos domésticos após a valorização do principal índice da B3 na véspera – veja como se deu o último fechamento aqui. Apesar do tom moderado nos índices futuros de ações norte-americanos nesta manhã, a valorização das commodities ainda pode impulsionar o Índice Bovespa hoje.

No exterior, as atenções se voltam ao BCE, que confirmou as expectativas de redução de 0,25 ponto porcentual em suas principais taxas de juros. Agora, o mercado acompanha a entrevista da presidente da entidade, Christine Lagarde, para saber os próximos passos da política monetária da zona do euro.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Indicadores de atividade

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em agosto ante julho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pela FactSet previam alta de 0,2% no período.

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Na comparação anual, houve acréscimo de 1,7% em agosto, enquanto a projeção dos analistas apontava para aumento de 1,8%. Em julho, o PPI havia avançado 0,1% ante junho e 2,2% na comparação anual.

Já o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiu 2 mil na semana encerrada em 7 de agosto, para 230 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 230 mil solicitações.

Os indicadores americanos vieram, no geral, dentro do esperado, de forma a manterem a aposta de um início de queda dos juros do país em 0,25 ponto porcentual na semana que vem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No cenário local, investidores acompanham os dados do varejo ampliado e restrito de julho, divulgados esta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do comércio varejista subiram 0,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. Na comparação com julho de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,4% em julho.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 5,1% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, houve alta de 3,7%, ante avanço de 3,6% até junho.

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Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, as vendas subiram 0,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal.

Bolsas internacionais

Os índices futuros em Nova York mostram discreta alta. Na quarta-feira (11), a taxa ainda elevada do núcleo da inflação ao consumidor (CPI) consolidou a aposta de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 25 pontos-base nos juros na semana que vem. Com isso, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam.

As bolsas europeias registram ganhos firmes. Em Londres, as ações de bancos estão entre os destaques, após o Banco da Inglaterra (BoE) afrouxar o pacote de reformas de regras de capital para o setor. Os papéis de tecnologia também avançam, enquanto o segmento de semicondutores segue o salto de 8% da Nvidia (NVDC34) na véspera, na esteira de comentários do CEO Jensen Huang.

Na Ásia, o avanço de papéis de tecnologia induziu ganhos às bolsas. Na China, há previsão de corte das taxas de juros de mais de US$ 5 trilhões em hipotecas pendentes, como mais uma medida para estimular o consumo. O cobre também reage com forte elevação.

Commodities

petróleo mantém alta em torno de 1,00%, diante das preocupações com a demanda, especialmente chinesa. Já o minério de ferro chegou a quase 4% (3,97%) de alta no fechamento desta quinta-feira.

  • Petrobras, Eletrobras, Embraer, B3, BRF, Copel, Bradesco, CVC, Usiminas e Americanas são os destaques do mercado corporativo hoje – veja aqui

Mercado brasileiro

Os investidores brasileiros repercutirão o compromisso do governo com a meta de déficit zero e a aprovação, na noite de quarta-feira (11), do texto-base da proposta que cria um regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento, além de formas de compensação financeira diante da falta de arrecadação.

Esse assunto pode gerar alguma volatilidade nos ativos, já que o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), pediu, na madrugada desta quinta-feira, uma prorrogação de três dias no prazo para a conclusão do acordo sobre a desoneração da folha de pagamento.

Ao mesmo tempo, a alta nos rendimentos dos Treasuries e o avanço nas vendas do varejo em julho no Brasil podem pressionar a curva futura, enquanto as apostas seguem de elevação moderada na taxa Selic na próxima semana.

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No câmbio, o cenário sem direção clara no exterior tende a deixar o Ibovespa hoje sem grandes oscilações, mas a valorização do minério de ferro e do petróleo pode atuar como contraponto positivo.

*Com informações do Broadcast