O Ibovespa hoje fechou em alta firme, voltando a exibir ganhos no acumulado de 2024 – marca que havia sido interrompida com a queda de 0,48% do índice na véspera. Nesta sexta-feira (13), a principal referência da B3 terminou o dia em valorização de 0,64% aos 134.881,95 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.878,50 pontos e mínima a 134.030,64 pontos, registrada na abertura. No ano, o índice acumula ganhos de 0,52%.
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Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York também encerraram em alta. Nasdaq subiu 0,65%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registraram ganhos de 0,72% e 0,54%, respectivamente, após o fortalecimento das apostas por um relaxamento monetário mais agressivo no país. O movimento ocorreu depois de uma reportagem do Wall Street Journal indicar que os dirigentes do Federal Reserve (Fed) ainda estão indecisos sobre a magnitude do primeiro corte em setembro.
O mercado também esteve de olho no índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, que subiu de 67,9 em agosto para 69,0 em setembro. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam o dado a 68,2 neste mês.
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No cenário doméstico, o destaque foi a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O indicador encolheu 0,41% na passagem de junho para julho, sendo que a retração foi menor do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,50%, com estimativas que iam de -1,70% a 0,40%.
“O Ibovespa reagiu tanto a fatores externos, como a expectativa de cortes mais agressivos nos juros americanos, quanto a fatores internos, como a preparação do mercado para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana e os dados do IBC-Br. Ambos os cenários favorecem o movimento de alta, com o índice se aproximando dos 135 mil pontos, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores”, afirma Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital.
Entre as ações de destaque na Bolsa brasileira, estiveram os papéis da Azul (AZUL4), que dispararam 22,52%, após a notícia divulgada pela Reuters de que a companhia aérea está próxima de um novo acordo com credores. Segundo fontes próximas às negociações, a empresa estaria oferecendo ações para quitar uma dívida de cerca de US$ 600 milhões.
Sob a proposta, os arrendadores receberiam uma participação acionária de cerca de 20% da companhia. Duas das pessoas mencionaram ainda que um acordo poderia ser assinado em poucas semanas. Em relatório, o Goldman Sachs avaliou que, embora as negociações ainda não tenham sido confirmadas, elas podem permitir uma reavaliação das ações da Azul.
Do lado oposto do índice, as ações do Carrefour (CRFB3) e do Assai (ASAI3) figuraram entre as principais baixas do Ibovespa, depois de o Bank of America (BofA) reduzir a recomendação dos papéis da companhia, bem como cortar o preço-alvo dos ativos de ambas as empresas para R$ 10,25 e R$ 11, respectivamente.
Como é calculado o índice Ibovespa?
O sistema de pontos do índice da B3 busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a R$ 1. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 129 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
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Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibov sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
*Com informações do Broadcast
