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Ação da Light cai 3% em nova dor de cabeça para sócio de Jorge Paulo Lemann

Um dos prejudicados pela desvalorização do papel é o bilionário Carlos Alberto Sicupira, que tem 10% da Light

Ação da Light cai 3% em nova dor de cabeça para sócio de Jorge Paulo Lemann
Nos últimos cinco dias, o papel tombou mais de 30% - (Foto: Envato Elements)
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  • Desempenho da companhia está atrelado a agência de classificação de risco Fitch ter reduzido a nota da companhia e de suas subsidiárias
  • Instituição informou que o rebaixamento ocorreu após a Light contratar a Laplace Finanças com o objetivo de melhorar suas estratégias financeiras
  • Os investidores costumam avaliar os apontamentos feitos pelas agências para compreender o quanto vale ter determinado papel na carteira

As ações da companhia de geração e distribuição Light (LIGT3) apresentavam queda de 3,06% às 11h28 da manhã desta sexta-feira (3), cotadas a R$ 3,10, tendo batido a mínima do dia em R$ 3,00. O desempenho dos papéis está atrelado a agência de classificação de risco Fitch ter reduzido a nota da companhia e de suas subsidiárias Light Sesa e Light Energia de “BB-” para “CCC+” ontem.

O rating de crédito nacional foi “AA-(bra)” para “CCC(bra)”, ifnormou a Fitch. Isso significa que a empresa agora apresenta um risco de crédito substancial. Os investidores costumam avaliar os apontamentos feitos pelas agências para compreender o quanto vale ter determinado papel na carteira – e a desmontagem de posição no ativo culmina na desvalorização da ação hoje.

A instituição informou que o rebaixamento ocorreu após a Light contratar a Laplace Finanças com o objetivo de melhorar suas estratégias financeiras, em um momento em que o mercado lida com os efeitos do processo de recuperação judicial da Americanas (AMER3).

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Segundo a agência, a contratação da Laplace reduz as chances de os credores da Light fornecerem novos financiamentos ao grupo em 2023 e 2024 para cobrir suas dívidas. E como o mercado ainda digere o fato de que muitos credores tiveram perdas materiais com as falhas contábeis da Americanas (AMER3), acabou não gostando muito do risco de crédito da empresa de energia.

“Na ausência de financiamento adicional, a Light precisará de alguma combinação de venda de ativos, uma oferta subsequente de ações ou mais clareza sobre a renovação da concessão da Light Sesa, principal subsidiária da empresa”, analisa também a Fitch, em comunicado.

Desempenho da ação

A empresa fechou o pregão de quinta-feira (2) cotada a R$ 3,27, com desvalorização de 5,49%. E, nos últimos cinco dias, o papel tombou mais de 30%. Um dos investidores prejudicados pelo recuo é o bilionário Carlos Alberto Sicupira, sócio da 3G Capital, que possui 10% do capital da Light.

Segundo a página Real Times, da Revista Forbes, no qual aponta como está a fortuna das pessoas mais ricas do mundo em tempo real, o investidor brasileiro perdeu US$ 14 milhões, apenas nesta manhã.

Sicupira forma o trio de bilionários junto com Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, que são os acionistas de referência da Americanas. Eles afirmoaram que não sabiam do rombo no balanço da companhia.

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