Após seis trimestres consecutivos no prejuízo, o Magazine Luiza (MGLU3) voltou a gerar lucro. O lucro líquido da companhia foi de R$ 331,2 milhões no terceiro trimestre de 2023, o que a fez reverter o resultado negativo de R$ 190,9 milhões do mesmo período de 2022. A última vez que a varejista teve resultado líquido positivo foi no quarto trimestre de 2021, quando o lucro líquido foi de R$ 93 milhões.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do Magalu também foi positivo e quase o dobro do reportado na comparação anual: R$ 970,9 milhões, alta de 111,3%. A margem Ebitda ficou em 11,3%, 6,1p.p. a mais que no ano passado. A receita líquida teve queda de 2,6% e fechou em R$ 8,578 bilhões.
O Magazine Luíza reportou também resultados ajustados, dos quais são retiradas entradas e saídas não recorrentes. O Ebitda ajustado foi de R$ 487,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, recuo de 0,7% ante o mesmo período de 2022. A empresa explica que o ajuste se refere a créditos tributários, além de outras provisões e despesas pontuais. Sem isso, a empresa teria prejuízo líquido de R$ 143,4 milhões, uma redução de 15,7% em relação a 2022. A margem Ebitda ajustada seria de 5,7%, recuo de 0,1 pp na comparação anual.
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A margem bruta foi destaque e a maior dos últimos seis anos da companhia. Ela ficou em 30,4%, um crescimento de 2,9 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao terceiro trimestre de 2022. Segundo a empresa, isso se deve à estratégia de repasse do DIFAL (diferença de alíquota do ICMS) e à melhoria da rentabilidade do 1P (mercadorias próprias). Além disso, a receita de serviços contribuiu com 1,9 p.p. para a margem bruta total.
“Diante de um cenário macro ainda desafiador, o Magalu segue conciliando iniciativas com impacto imediato sobre as vendas e, sobretudo, a rentabilidade, e sua estratégia de longo prazo, calcada principalmente na expansão do marketplace”, afirmou a administração da empresa, em release de divulgação de resultados, nesta segunda-feira, 13.
Vendas
As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e lojistas virtuais (marketplace) cresceram 5% e atingiram R$ 15 bilhões. Os motivos foram o crescimento de 5,7% no e-commerce total, de 2,3% nas lojas físicas, além do marketplace, que cresceu 24,8%. A participação do e-commerce no total nas vendas teve leve alta de 0,7pp e hoje corresponde a 73,2%.
O e-commerce brasileiro teve uma queda de 7% segundo a Neotrust no terceiro trimestre de 2023. No mesmo período, as vendas do e-commerce do Magalu avançaram 6% e atingiram R$ 11 bilhões.
MagaluPay
O volume total de transações processadas (TPV) da fintech da companhia atingiu R$ 25 bilhões no trimestre, com alta de 11%. O MagaluPay, por sua vez, superou a marca de 11,1 milhões de contas digitais.
Na joint venture com o Itaú, a Luizacred, houve R$ 15 milhões de prejuízo. A taxa de inadimplência de curto prazo foi de 3,3%, uma melhora de 0,2 p.p. em relação a junho de 2023. A carteira vencida acima de 90 dias também teve leve melhora – uma taxa de 10,5% em setembro, 0,4 p.p menor que em junho de 2023.
Caixa
No trimestre encerrado em setembro, a geração de caixa operacional foi de R$ 327 milhões. Já a posição de caixa líquido foi de R$ 0,7 bilhão e uma posição de caixa total no valor de R$ 8,1 bilhões.
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