O ouro manteve os ganhos de ontem e fechou novamente em alta nesta quarta-feira. As commodities, em geral, vêm sendo beneficiadas pela desvalorização do dólar. Além disso, a queda dos rendimentos dos Treasuries de hoje beneficiou o metal, já que eles concorrem entre si como ativos de segurança. Investidores também acompanharam a inflação da zona do euro, relatório de empregos da ADP nos Estados Unidos e as tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia.
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O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em alta de 0,49%, a US$ 1.810,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
De acordo com Edward Moya, analista da Oanda, o ouro ganhou impulso depois que o relatório de empregos do setor privado da ADP marcou a primeira perda de postos de trabalho desde dezembro de 2020. “Além disso, as tensões geopolíticas estão fornecendo algum apoio subjacente ao ouro à medida que as tensões na fronteira entre Ucrânia e Rússia se intensificam”, acrescenta.
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Além dos dados da ADP, o Commerzbank destaca que o dólar americano mais fraco está presumivelmente impedindo qualquer queda de preço mais pronunciada. “Os participantes no mercado de ouro estão olhando para os números da inflação da zona do euro, que deu impulso ao ouro com o euro se valorizando ainda mais, e o dólar dos EUA se depreciando”, analisa o banco em relatório enviado a clientes.
Para o UBS Group, as perspectivas gerais para as commodities em 2022 permanecem positivas. “Ouro e prata provavelmente enfrentarão pressão de queda em meio a taxas de juros mais altas nos EUA e um dólar mais forte, mas isso não deve prejudicar muito a ampla classe de ativos”, afirma o banco de investimentos.