

Os preços do ouro voltaram a subir nesta quinta-feira (24), após dois dias de queda, diante das tensões comerciais persistentes e à instabilidade geopolítica global, segundo Christopher Tahir, da Exness.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para junho subiu 1,65%, fechando a US$ 3.348,6 por onça-troy. Ao longo do dia, o metal chegou a atingir a máxima de US$ 3.377,0.
Tahir explica que, embora o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, tenha reconhecido que as tarifas atuais sobre a China são “insustentáveis” e precisarão ser reduzidas, a recusa da China em confirmar negociações com os EUA esfriou o otimismo. Isso elevou a demanda por ativos de proteção, como o ouro. Apesar disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que realizou uma reunião hoje a tarde com a China, mas sem revelar detalhes.
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Tahir também observa que as tarifas elevadas não apenas prejudicam o crescimento global, mas também agravam os desafios fiscais em vários países, o que “fortalece a demanda por ativos considerados porto seguro, como o ouro”. Carsten Menke, chefe de pesquisa do Julius Baer, acredita que o metal continuará em alta devido às tensões comerciais e aos riscos de recessão, além do aumento das compras por bancos centrais.
Christopher Lewis, da FXEmpire, projeta que o ouro oscilará entre US$ 3.200 e US$ 3.400 nos próximos dias, com possibilidade de atingir novamente os US$ 3.500, a menos que um evento externo cause impacto no mercado. “Acredito que o mercado se manterá nessa faixa”, conclui.
*Com informações da Dow Jones Newswires