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Petróleo avança, na esteira de limitações na oferta e feriado nos EUA

Na Nymex, o WTI para agosto avançava 0,80%, a US$ 108,85 por barril

Petróleo avança, na esteira de limitações na oferta e feriado nos EUA
Em casos de conflito, países do Oriente Médio aumentam preços do petróleo, que tem repercussão na economia mundial REUTERS/Dado Ruvic

Por André Marinho – Os contratos futuros de petróleo avançaram na sessão desta segunda-feira, em dia de menor liquidez por conta de um feriado nos Estados Unidos, que deixou mercados locais fechados. Incertezas sobre a economia pressionaram as cotações na semana passada, mas o quadro de oferta reduzida prevaleceu e levou os preços ao azul.

No pregão eletrônico da Nymex, o WTI para agosto avançava 0,80%, a US$ 108,85 por barril, por volta das 14h40 (de Brasília). Já o Brent para igual mês negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em alta de 0,89%, ou US$ 1,01, a US$ 114,13 por barril.

A commodity oscilou entre ganhos e perdas ao longo do dia, à medida que o menor volume de negócios estimulava um quadro de volatilidade. A aversão ao risco que predominou nas mesas de operações penalizou o ativo energético na semana passada, com perdas que chegaram a 7%.

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O movimento refletiu a firme resposta de bancos centrais de países desenvolvidos à escalada histórica da inflação. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano), por exemplo, acelerou o aperto monetário e subiu a taxa básica de juros em 75 pontos-base, após as altas de 25 pontos-base em março e de 50 pontos-base em julho.

O cenário levantou temores de que a postura agressiva do BC americano empurre a maior economia do planeta a um quadro de recessão, com repercussões negativas para a demanda por petróleo. Isso em paralelo à já esperada desaceleração da China, que insiste em medidas rígidas para conter o coronavírus.
Apesar disso, as perspectivas para o óleo ainda são de alta, enquanto a guerra na Ucrânia, a manutenção de sanções contra o Irã e a crise política na Líbia limitam a produção. “O quadro fundamental continua sendo de aperto da oferta em meio à desaceleração contínua da produção russa”, dizem analistas do banco ANZ.

*Com informações da Dow Jones Newswires