O petróleo fechou em alta nesta segunda-feira (26), na esteira dos conflitos internos na Rússia no último final de semana. Apesar da resolução rápida, analistas apontam que a situação pode ter enfraquecido o presidente russo Vladimir Putin e que estas incertezas geopolíticas afetam perspectivas de oferta da commodity, aumentando o bônus nos preços do óleo. Além disso, o dólar fraco ante rivais no exterior tende a beneficiar a atratividade do petróleo.
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O contrato WTI para agosto fechou em alta de 0,30% (US$ 0,21) a US$ 69,37 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro avançou 0,46% (US$ 0,34), a US$ 74,35 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo abriu o pregão em alta, recuperando parte das perdas registradas na última semana. O movimento acompanhava ponderações do mercado após o grupo militar independente Wagner anunciar uma rebelião armada contra o Kremlin, alegando que foram atacados pelo Ministério da Defesa da Rússia. Embora resolvido rapidamente, o conflito provocou um clima de cautela nos mercados por gerar incertezas quanto ao regime de Putin.
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Contudo, analistas do mercado de energia destacam que estas incertezas tiveram efeito positivo sobre o petróleo, pelo bônus de risco para a oferta, considerando que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo. “Investidores estão questionando se este poderia ser o primeiro passo para uma guerra civil e, como tal, potencialmente causar turbulência no mercado internacional de energia”, pontuou a Stifel, em relatório. “Por enquanto, porém, os preços seguem estáveis”.
A Hargreaves Lansdown também avalia que instabilidade na Rússia lança incertezas sobre a produção e oferta do petróleo, porém, analisa que ainda existem pressões de baixa sobre a commodity. “As preocupações sobre o efeito das altas taxas de juros nas principais economias sobre o crescimento da atividade econômica e a perda de força da recuperação da China ainda devem conter os preços daqui para frente”, conclui.
No noticiário, Putin anunciou a prorrogação das medidas em resposta ao teto de preços sobre petróleo e derivados russos, fixado pelo G7. O decreto deve vigorar até 31 de dezembro de 2023, proibindo a venda desses produtos para países e empresas que, direta ou indiretamente, cumpram o teto de preços.