Últimas notícias

Satisfação com empresas de saúde cai; como está a Hapvida (HAPV3)?

O levantamento é do Citi, que tem recomendação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 6

Satisfação com empresas de saúde cai; como está a Hapvida (HAPV3)?
(Foto: Rebeca Soares/repórter do E-Investidor)

Em meio a investigações em andamento envolvendo as liminares não cumpridas do grupo Hapvida (HAPV3) NotreDame, o Citi fez um novo levantamento de dados de satisfação do consumidor de alguns dos principais players da área de saúde, com base em reclamações de cobertura da Agência Nacional da Saúde (ANS) por 1.000 beneficiários e pelo índice de soluções do Reclame Aqui.

Segundo relatório assinado pelos analistas Leandro Bastos e Renan Prata, embora NotreDame (NDI) se destaque com 11,7 reclamações relacionadas a questões de cobertura por 1.000 beneficiários em 2023, os 5,9 da Hapvida permanecem alinhados com a média do setor, de 5,7. As reclamações de ambos cresceram menos do que a média do setor, que é de 44% entre 2021-23, ficando em 30% (NDI) e 39% (Hapvida). No levantamento do Citi, SulAmerica e Bradesco (BBDC4) foram as empresas que registraram o crescimento mais rápido nas reclamações, de 83% e 64%, respectivamente.

Além disso, de acordo com dados do portal “Reclame Aqui”, o índice de solução (medida pelo porcentual de reclamações efetivamente solucionadas) tanto do NDI quanto da Hapvida permanece acima da média quando comparado a outros prestadores de cuidados de saúde importantes, apesar de ambos apresentarem alguma deterioração ano a ano, segundo o Citi.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Embora existam muitas limitações a estes ‘proxies’ de satisfação, os dados sugerem uma deterioração mais ampla nos níveis de satisfação da indústria nos últimos anos, em vez de algo específico da empresa”, escrevem os analistas.

O banco destaca que a judicialização em toda a cadeia de saúde brasileira tem aumentado rapidamente nos últimos anos, potencialmente alimentada por desenvolvimentos regulatórios recentes, incluindo o processo cada vez mais dinâmico para incorporação de medicamentos/procedimentos (semestralmente desde 2021) e aprovação da implantação mais ampla dos procedimentos (rol) da ANS em 2022.

O banco tem recomendação de compra para as ações da Hapvida, com preço-alvo de R$ 6, o que representa um potencial de alta de 49,3% em relação ao fechamento de sexta-feira (19).