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STF julga correção do FGTS nesta semana. Como a ação afeta o trabalhador?

Perdas dos trabalhadores chegam a R$ 720 bilhões entre 1999 e 2023

STF julga correção do FGTS nesta semana. Como a ação afeta o trabalhador?
Aplicativo do FGTS: ação que permite reajustar recursos do fundo pela inflação pode ter impacto orçamentário bilionário (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
  • O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na próxima quinta-feira (20) uma ação que procura corrigir os saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela inflação
  • Nos últimos anos, muitas ações individuais e coletivas reivindicaram a correção do saldo do FGTS por algum indicador inflacionário, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na próxima quinta-feira (20) uma ação que procura corrigir os saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela inflação, não pela Taxa Referencial (TR), como ocorre desde o início dos anos 1990.

O processo, que tem como relator o ministro Luís Roberto Barroso, baseia-se na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5090, apresentada pelo Partido Solidariedade em 2014. O argumento do partido é de que a TR não compensa de fato as perdas de recursos advindas da inflação, sendo um índice de correção monetária inconstitucional.

Nos últimos anos, muitas ações individuais e coletivas reivindicaram a correção do saldo do FGTS por algum indicador inflacionário, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Caso o STF decida finalizar o uso do TR como fator de correção, os ministros podem definir se o reajuste será realizado a todos os trabalhadores ou apenas aos que moveram processos para realizar a correção. Nesse caso, também está em jogo se a revisão se estenderá até os dias atuais ou se estará limitada ao período de 1999 a 2013, ano anterior à ação movida pelo Solidariedade.

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O STF já julgou inconstitucional a utilização da TR como fator de correção para débitos trabalhistas. Em 2020, os ministros consideraram que a taxa, calculada pelo Banco Central, não preservava o poder de compra da população.

O Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), grupo que procura conscientizar o trabalhador em relação ao seu saldo no FGTS, disponibiliza uma calculadora gratuita que permite ao cidadão checar quanto dinheiro perdeu com a correção do fundo pela TR.

Segundo o IFGT, se o INPC tivesse sido usado como parâmetro, no período de 1999 a março de 2023, mais de 80 milhões de trabalhadores teriam recebido R$ 720 bilhões a mais no FGTS.

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