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Treasuries: juros caem com falas do Fed, dados e leilão no radar

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 3,391%

Treasuries: juros caem com falas do Fed, dados e leilão no radar
Juros recuam com falas do Fed, dados e leilão no radar (Foto: Envato Elements)

(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) — Os juros dos Treasuries recuaram hoje, com investidores atentos a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no dia de abertura do Simpósio de Jackson Hole. A maior expectativa é pela fala do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta sexta-feira, mas hoje investidores avaliavam a postura de outros dirigentes, além de monitorar indicadores dos Estados Unidos e um leilão do Tesouro americano.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 3,391%, o da T-note de 10 anos tinha baixa a 3,026% e o do T-bond de 30 anos caía a 3,236%.

Os retornos chegaram a ficar mistos em parte do dia, mas acabaram por subir, no que o BMO Capital viu como uma consolidação dentro da faixa recente. Entre os dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) disse que sua meta para os juros nos EUA ao fim deste ano é de que estejam na faixa entre 3,75% e 4,00%. Em entrevista à CNBC em Jackson Hole, Bullard argumentou que o Fed deveria agir para chegar logo nesse nível, como forma de mostrar seu compromisso em levar a inflação à meta de 2%.

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A presidente da distrital de Kansas City, Esther George, por sua vez, considerou que os juros terão de subir além de 4% para conter a inflação. Em entrevista à Bloomberg publicada hoje, ela afirmou que a inflação continua muito disseminada, o que requer mais altas de juros adiante pelo Fed. Já Patrick Harker (Filadélfia) defendeu que os juros subam a um patamar restritivo e sejam mantidos “por algum tempo” nessa faixa. Harker ressaltou que a tarefa do Fed não terminou e, caso os indicadores sugiram isso, o BC deve responder com mais aperto monetário.

Na agenda de indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,6% no segundo trimestre, na leitura anualizada, mostrou a segunda estimativa do dado, o que confirmou recessão técnica no país. Para a Capital Economics, o indicador mostrou que a economia desacelera, mas não em quadro de recessão de fato. A Oxford Economics, por seu turno, projetou melhora “modesta” no segundo semestre e crescimento de 1,7% no PIB dos EUA em todo o ano atual.

Já o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA, medida de inflação preferida do Fed, subiu 7,1% na taxa anualizada do segundo trimestre, com alta de 4,4% do seu núcleo. Os pedidos de auxílio-desemprego tiveram queda de 2 mil na semana, a 243 mil, ante expectativa de 255 mil dos analistas.

Ainda no noticiário, o Tesouro americano informou que um leilão de US$ 37 bilhões de T-notes de 7 anos teve juro de 3,130%, com demanda acima da média recente, segundo o BMO Capital Markets.

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