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Vale prevê desembolso até 21,6% maior por Brumadinho no ano

A mineradora também revisou sua estimativa de desembolso para investimentos (Capex) em 2021

Vale prevê desembolso até 21,6% maior por Brumadinho no ano
Foto: Fabio Motta/Estadão
  • A previsão é que as despesas a partir do rompimento de barragem na cidade mineira, ocorrido em 2019, fiquem entre 2,7 bilhões e 3,2 bilhões de dólares neste ano.
  • Em fevereiro deste ano, Vale e autoridades mineiras homologaram um acordo de 37,69 bilhões de reais para reparação de danos coletivos causados pela tragédia.

(Reuters) – A mineradora Vale (VALE3) poderá ampliar em até 21,6% os desembolsos de caixa relacionados ao desastre de Brumadinho neste ano, em comparação aos valores de 2020, segundo informações publicadas pela empresa nesta quinta-feira (9).

A previsão é que as despesas a partir do rompimento de barragem na cidade mineira, ocorrido em 2019, fiquem entre US$ 2,7 bilhões e US$ 3,2 bilhões neste ano, ante US$ 2,632 bilhões no ano passado.

O montante inclui acordos de reparação dos danos, doações e descaracterização de barragens, entre outras.

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A previsão para o ano está dentro do intervalo de uma estimativa anterior da companhia, que previa desembolsos de aproximadamente US$ 2,9 bilhões em 2021 – valor que não inclui despesas incorridas no segundo semestre.

O colapso da estrutura, que liberou uma onda de rejeitos de mineração, deixou 270 mortos, além de atingir instalações da própria empresa, comunidades, rios e florestas da região.

Em fevereiro deste ano, Vale e autoridades mineiras homologaram um acordo de 37,69 bilhões de reais para reparação de danos coletivos causados pela tragédia.

O acerto, no entanto, excluiu questões relacionadas a indenizações individuais dos atingidos, que seguem fechando acordos com a mineradora.

As informações constam em apresentação feita nesta quinta-feira a analistas e investidores, e publicada ao mercado.

BRIQUETE

Na apresentação, a Vale também anunciou um novo produto que poderá reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa na produção de aço de seus clientes siderúrgicos, como parte de suas iniciativas para zerar suas emissões líquidas de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2050.

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O “briquete verde” da Vale, que estará em produção em 2023, é formado por minério de ferro e uma solução tecnológica de aglomerantes, que inclui em sua composição areia proveniente do tratamento de rejeitos de mineração, e é capaz de resistir à temperatura elevada do alto-forno sem se desintegrar, disse a mineradora em nota.

INVESTIMENTOS

Na apresentação, a mineradora também revisou sua estimativa de desembolso para investimentos (Capex) em 2021 para US$ 5,4 bilhões, ante US$ 5,8 bilhões previstos anteriormente.

No ano passado, os investimentos da companhia somaram US$ 4,43 bilhões.

O aumento nos desembolsos ante 2020 ocorre com a companhia dedicando maiores aportes a unidades de filtragem de rejeitos de minério de ferro, enquanto busca reduzir a utilização de barragens.

As despesas financeiras líquidas foram estimadas entre US$ 800 milhões e US$ 1,1 bilhão em 2021.

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