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Mercado hoje: reunião trimestral do Banco Central e início da safra de balanços nos EUA orientam investidores nesta sexta-feira

Divulgação de novos indicadores econômicos de inflação e serviços também serão monitorados. Confira a agenda do dia

Mercado hoje: reunião trimestral do Banco Central e início da safra de balanços nos EUA orientam investidores nesta sexta-feira
Painel do Ibovespa (Foto: Werther Santana/Estadão)

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de fevereiro e a reunião trimestral do Banco Central (BC) com economistas são destaques domésticos desta sexta-feira (12). Lá fora, é dada a largada da safra de balanços do primeiro trimestre dos Estados Unidos com destaque aos bancos JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup.

Ainda nesta sexta-feira sairão expectativas dos consumidores americanos para a economia e a inflação e tem a participação de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em eventos.

Os rendimentos longos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) se ajustam em queda após terem avançado na quinta-feira (11), depois que dirigentes do Fed reforçaram postura cautelosa em relação aos próximos passos da política monetária. Os vencimentos curtos também cedem.

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Nesta sexta-feira, alguns diretores da autoridade monetária americana voltam a falar e ainda ficam no foco dos investidores as expectativas dos consumidores para a economia e a inflação, medidas pela Universidade de Michigan.

A Blackrock foi a primeira a divulgar balanço nesta sexta-feira nos EUA, com um lucro acima do esperado, puxando para o alto as ações da empresa. Já os índices futuros de ações têm sinais destoantes em Nova York, com o Nasdaq cedendo depois de ter atingido novo pico histórico nessa quinta-feira – confira como encerrou o pregão dessa quinta-feira (11).

O petróleo avança após o crescimento da tensão geopolítica e do relatório da AIE. O dólar também sobe ante o euro e a libra, bem como as bolsas europeias que avançam com ganhos de mineradoras. Os mercados digerem o arrefecimento da inflação alemã e o aumento da produção industrial do Reino Unido.

A maioria das bolsas asiáticas fechou em queda, com a de Hong Kong derrubada por dados fracos de exportação da China. As exportações chinesas cederam 7,5% em março ante mesmo mês do ano anterior, contrariando a expectativa de alta de 0,1%.

Agenda econômica no Brasil

A indefinição dos índices futuros de ações em Nova York nesta manhã de sexta-feira pode atrapalhar uma eventual recuperação do Ibovespa, após o índice da B3 cair 0,51%, aos 127.396,35 pontos na quinta-feira. Ao mesmo tempo, novos sinais de desaceleração chinesa podem inibir uma possível alta do principal indicador da B3.

No entanto, a valorização superior a 1,00% do petróleo e de 3,12% do minério de ferro em Dalian, na China, são gatilhos de elevação ao Ibovespa, o que faria fechá-lo com ganho semanal, após ceder 1,02% na semana passada.

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Fica ainda no radar a decisão da Justiça que suspendeu o presidente do Conselho de Administração (CA) da Petrobras (PETR3; PETR4), Pietro Mendes, opositor do CEO Jean Paul Prates.

Já o alívio nos rendimentos dos Treasuries pode se replicar na curva brasileira, enquanto os investidores monitoram as reuniões trimestrais dos diretores do BC com economistas e avaliam o volume de serviços em fevereiro, cuja mediana é de alta de 0,2%, após alta de 0,7% em janeiro.

Juntamente com as incertezas em relação aos juros dos EUA, o dado de atividade, depois do forte varejo divulgado nessa quinta-feira (11), pode elevar o debate de uma Selic terminal maior. Já o real pode se ajustar em baixa, em meio ao avanço persistente do dólar no exterior, após o dólar futuro tocar R$ 5,10 na quinta-feira.

Agenda desta sexta-feira

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de fevereiro às 9 horas. Ao longo do dia, os diretores do BC Diogo Guillen, Paulo Picchetti e Renato Brito Gomes participam de ciclo de reuniões trimestrais com economistas.

Nos EUA, começa a temporada de balanços do primeiro trimestre com bancos e saem as expectativas dos consumidores para a economia e a inflação contidas na pesquisa da Universidade de Michigan.