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Comportamento

Traição financeira é tão grave quanto a amorosa, indica pesquisa

Pesquisa mostra como pessoas lidam com as finanças em relacionamentos. Veja os detalhes

Traição financeira é tão grave quanto a amorosa, indica pesquisa
Foto: Envato Elements
  • Os dados mostram que a "traição" acontece por não sentir a necessidade de compartilhar as informações com o parceiro ou por desejo de controlar as próprias finanças
  • Quanto mais velhos, menos segredos financeiros os parceiros guardam entre si
  • A pesquisa on-line foi respondida por 2.404 adultos norte-americanos entre 29 de dezembro de 2021 e 4 de janeiro de 2022

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que a traição financeira é tão grave (42%) ou ainda pior (11%) do que uma traição amorosa. Segundo o questionário da CreditCards.com, empresa de serviços financeiros, um terço dos respondentes que estão em relacionamentos sérios admitem gastar mais do que os seus parceiros aceitam.

A pesquisa on-line foi respondida por 2.404 adultos norte-americanos entre 29 de dezembro de 2021 e 4 de janeiro de 2022. Entre o grupo de entrevistados, 34% têm uma mistura de contas conjuntas e separadas, outros 23% possuem finanças completamente separadas e 43% têm apenas contas conjuntas.

Os dados do estudo americano mostram que a “traição” acontece por não sentir a necessidade de compartilhar as informações com o parceiro (31%) e outros 30% afirmam que desejam controlar as próprias finanças.

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Para 25%, a razão é sentir vergonha sobre a forma de como lidar com o dinheiro. Não confiar no parceiro (14%), risco do relacionamento acabar mal (14%) e utilização do dinheiro como um vício (13%) também foram motivos apontados pelos participantes.

Momento certo para  falar sobre dívidas

Outra questão levantada pela pesquisa da CreditCards.com sé sobre o momento de falar com o parceiro ou parceira sobre dívidas. De acordo com 33%, o ideal é falar sobre o assunto quando o casal decide morar junto.

Para 32%, no entanto, a conversa deve acontecer quando o relacionamento se torna exclusivo, seja casado ou não. 10% disseram que a pauta só é importante ao se tornarem noivos e apenas 6% acreditam que só é momento de falar sobre dívidas quando já estão casados.

Score de crédito é tópico para date?

A pontuação de crédito de um parceiro pode ser uma pergunta polêmica. Entretanto, pode ser essencial na hora de planejar o futuro. Cerca de 7% dos entrevistados nos EUA acreditam que essa é uma pergunta que deve ser feita nos primeiros encontros. Outros 12% responderam que nunca deve ser questionado.

Entre os participantes, 34% avaliam ser uma pergunta que deve ser feita quando o casal planeja morar juntos. Para 27%, o momento ideal de capturar essa informação é quando o relacionamento já se tornou exclusivo. Quando ficam noivos, o percentual cai para 12% e, quando se casam, 8%.

Comportamento geracional

A pesquisa também identificou mudanças de comportamento entre gerações. Quanto mais velhos, menos segredos financeiros os parceiros guardam entre si. Ted Rossman, analista sênior da empresa, avaliou que essa diferença acontece por conta do período de relacionamento e a consequente relutância em dividir determinados assuntos.

“Acho que ‘seu, meu e nosso’ pode funcionar bem – mas cada membro do casal ainda precisa se comunicar sobre os parâmetros gerais para garantir que eles estejam se movendo na direção certa”, diz Rossman.

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As gerações que mais guardam segredos financeiros dos parceiros

Geração Faixa Porcentagem
Geração Z 1997-2010 61%
Millennials 1981-1996 48%
Geração X 1965-1980 28%
Baby boomers 1946 e 1964 19%
Fonte: CreditCards.com

Dinheiro e relacionamentos no Brasil

No Brasil, um levantamento feito em 2019 com 804 consumidores acima de 18 anos pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), apontou que o tema ainda é delicado entre familiares.

O estudo concluiu que 46% dos casais brasileiros costumam brigar por questões ligadas ao dinheiro. Os gastos acima do orçamento estão entre os principais motivos para as discussões.

Além disso, as desavenças também são motivadas pelo fato de o cônjuge gastar tudo o que ganha e não formar uma reserva financeira (27%), por discordâncias em relação aos gastos da casa (25%) e atraso no pagamento das contas (25%).

Na pesquisa da CNDL, a principal razão para não compartilhar com o cônjuge é evitar brigas ou conflitos (45%). Outros 25% reservam parte do dinheiro para gastar como quiser no dia a dia. Além disso, 15% dos entrevistados disseram que não compartilham o que consomem por não gostar de ter seu dinheiro controlado por outra pessoa.

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