A indústria de veículos estima um “impacto potencial” de redução nos preços praticados pelo setor de 1,4% a 4,1% derivado do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) decidido pelo governo federal, informou nesta terça-feira a associação que representa as montadoras, Anfavea.
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O governo federal anunciou no final de fevereiro um corte de até 25% nas alíquotas do IPI de uma série de setores. No caso do setor de veículos automotivos, a redução vista foi de 18,5%.
“O espírito é repassar (o corte no IPI aos preços), mas é decisão de cada montadora em seu contexto… Estamos passando por aumentos absurdos nos custos, mas temos visto várias montadoras sinalizando redução de preços”, disse nesta terça-feira o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
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O setor terminou o primeiro bimestre com quedas de 24,4% nas vendas de veículos novos e de 21,7% na produção sobre o mesmo período do ano passado.
Os percentuais mostram uma significativa diferença em relação às expectativas para 2022 anunciadas no início de janeiro, de altas de 8,5% nas vendas, para 2,3 milhões de veículos, e de 9,4% na produção, para 2,46 milhões de unidades.
Apesar disso, Moraes afirmou que ainda é cedo para rever as projeções, que já foram feitas em uma base conservadora. O setor ainda tenta entender os impactos da guerra na Ucrânia sobre o fornecimento de autopeças, já abalado pela pandemia.
“Os preços das commodities serão afetados, podemos ter impacto adicional na produção de semicondutores. A logística pode ter alguns transtornos nas rotas”, disse o presidente da Anfavea, afirmando ter preocupação sobre o ritmo de aperto monetário imprimido pelo Banco Central para controlar a inflação.
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O setor terminou fevereiro com 120,1 mil veículos em estoques em fábricas e concessionárias, ligeiro incremento ante as 114,4 mil unidades de janeiro. O volume estocado de fevereiro é suficiente para 27 dias de vendas, segundo dados da Anfavea.