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OMC: guerra na Ucrânia pode reduzir PIB global em 0,7 a 1,3 pp em 2022

A OMC lembra que o maior impacto, obviamente, recai sobre o povo ucraniano, mas nota que há efeitos globais

OMC: guerra na Ucrânia pode reduzir PIB global em 0,7 a 1,3 pp em 2022
Foto: Envato.
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  • A Rússia e a Ucrânia não são responsáveis por parcelas elevadas do comércio e da produção globais, mas são fornecedoras importantes de produtos "essenciais"

A Organização Mundial de Comércio (OMC) afirma que a guerra na Ucrânia cria “não apenas uma crise humanitária de proporções imensas”, mas também um “revés severo para a economia global”. Em nota sobre o assunto, o secretariado da OMC projeta que a economia global pode perder de 0,7 a 1,3 ponto porcentual do crescimento previsto para este ano, por causa do conflito. Com isso, a entidade espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do mundo avance entre 3,1% e 3,7% em 2022.

A OMC lembra que o maior impacto, obviamente, recai sobre o povo ucraniano, mas nota que há efeitos globais, com menos comércio e produção, com alta na inflação sobre alimentos e energia e os países mais pobres enfrentando risco maior de distúrbios decorrentes. “Isso poderia afetar a estabilidade política”, adverte. O modelo da entidade para projetar o quadro aponta também que o comércio global não deve mais crescer 4,7% em 2022, como esperado em outubro, mas sim entre 2,4% e 3,0%.

A Rússia e a Ucrânia não são responsáveis por parcelas elevadas do comércio e da produção globais, mas são fornecedoras importantes de produtos “essenciais”, diz a organização, sobretudo alimentos, como o trigo, e energia. “A Rússia apenas foi responsável por 9,4% do comércio global em combustíveis, incluindo uma fatia de 20% nas exportações de gás natural.”

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A OMC destaca ainda o papel importante dos dois países para fornecer insumos a cadeias industriais, citando o paládio e o ródio russos, usados no setor de automóveis, o que pode representar novas dificuldades para esse segmento, já afetado pelos efeitos da pandemia sobre as cadeias globais de produção.

Segundo a OMC, algumas regiões devem ser mais afetadas, como a Europa, principal destino das exportações russas e ucranianas. De qualquer modo, menos embarques de grãos e outros alimentos elevam preços de produtos agrícolas, “com consequências negativas para a segurança alimentar em regiões mais pobres”. A África e o Oriente Médio são apontadas como as regiões mais vulneráveis, já que importam mais de 50% dos cereais que necessitam da Ucrânia e/ou da Rússia.

A OMC ainda destaca como risco de mais longo prazo que a guerra possa provocar uma “desintegração da economia global em blocos separados”. Com sanções, grandes economias podem caminhar para se “desacoplar” de outras, baseando-se em considerações geopolíticas. “Mesmo se não surgirem blocos formais, atores privados podem escolher minimizar risco ao reorientar as cadeias de produção”, avalia.

Nesse contexto, a OMC ressalta a importância de um sistema multilateral baseado nas regras. Segundo ela, manter mercados abertos “será crucial para garantir que as oportunidades econômicas sigam abertas para todos os países”.

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