Publicidade

Tempo Real

BCs globais miram priorizar luta contra inflação em vez de crescimento

Bancos centrais planejam mais altas nos juros em um futuro forte para conter subida dos preços

BCs globais miram priorizar luta contra inflação em vez de crescimento
Brasil chegou à hiperinflação no fim da década de 1980. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Reduzir a inflação mundial será doloroso e pode até mesmo prejudicar o crescimento, mas isso deve ser feito rapidamente para evitar que o rápido avanço dos preços se enraíze, disseram os chefes dos principais bancos centrais globais nesta quarta-feira.

A inflação está tocando máximas em várias décadas em todo o mundo, à medida que os preços crescentes da energia, gargalos na cadeia de suprimentos no período pós-pandemia e, em alguns casos, fortes mercados de trabalho aumentam o custo de tudo e ameaçam gerar uma espiral salários-preços difícil de quebrar.

“É altamente provável que o processo envolva alguma dor, mas a pior dor seria não conseguir lidar com essa inflação alta e permitir que ela se torne persistente”, disse o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na conferência anual do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Já a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou as palavras de Powell e afirmou que a baixa inflação da era anterior à pandemia não retornará, e que o BCE, que tem persistentemente subestimado o crescimento dos preços, precisa agir agora porque a aceleração dos preços provavelmente permanecerá acima da meta de 2% nos próximos anos.

Riscos

Elaborar um aperto da política monetária para evitar uma recessão nos Estados Unidos é certamente possível, disse Powell. Mas ele também acrescentou que o caminho é difícil e não há garantias de sucesso.

“Existe o risco de irmos longe demais? Certamente há um risco, mas eu não concordaria que esse é o risco maior para a economia”, disse ele. “O erro maior seria falhar em restaurar a estabilidade de preços.”

O BCE já sinalizou aumentos das taxas de depósito em julho e setembro, enquanto o Fed subiu os juros em 0,75 ponto percentual em junho e pode optar por um movimento semelhante no mês que vem.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para 1,25%, neste mês –seu quinto incremento consecutivo– e disse que agiria “com mais força” no futuro se visse uma persistência maior da inflação.

Publicidade

“Haverá circunstâncias em que teremos que fazer mais”, disse o presidente do BoE, Andrew Bailey, na conferência. “Ainda não chegamos lá em termos da próxima reunião. Ainda falta um mês, mas isso está na mesa.”

“Mas você não deve presumir que é a única coisa na mesa”, afirmou ele, referindo-se a outra elevação de 0,25 ponto percentual.

No entanto, Bailey também alertou que a economia britânica está agora, claramente, em um ponto de virada e que está começando a desacelerar.

Web Stories

Ver tudo
<
5 aplicativos que podem salvar seu planejamento financeiro
Carrefour (CRFB3): boicote de frigoríficos pode impactar as ações da empresa?
Cartão de crédito: quantos você deveria ter? Veja dicas
Quanto meu micro-ondas consome energia elétrica?
5 aparelhos que devem ficar fora da tomada para não levar a conta de luz às alturas
Impacto do ar-condicionado na conta de luz: mitos e verdades em tempos de calor
Quanto a energia solar economiza na conta de luz? Descubra
8 passos para comprar bitcoin de maneira segura
Nem Neymar, nem Messi: saiba quem é o jogador de futebol mais rico do mundo
Seu CPF pode ser a chave para economizar no IPTU; entenda
Minha conta de luz veio muito alta, o que fazer?
IPVA 2025: imposto vai ficar mais caro com reforma tributária?
>