- Os pesos argentinos estão ainda mais descontados que o real em comparação ao dólar; e o câmbio tem permitido que turistas do Brasil vivam dias de rico no país hermano
- Mas não é só isso. O custo local também está barato se comparada a paridade do poder de compra
- Para quem deseja aproveitar o momento do câmbio, ruim para a Argentina, bom para os turistas, alguns pontos podem ajudar a programar a viagem
Beber vinho em Mendoza, esquiar em Bariloche, assistir uma partida de futebol na famosa ‘cancha’ do Boca Juniors ou curtir um show de tango na capital Buenos Aires. As possibilidades de programas turísticos na Argentina são muitas, principalmente na atual temporada de inverno. Mas outro ponto, financeiro, também atrai brasileiros para o destino: os pesos argentinos estão ainda mais descontados que o real em comparação ao dólar e o câmbio tem permitido que turistas do Brasil vivam dias de rico no país hermano.
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Segundo dados do site Decolar, Buenos Aires e Bariloche (Argentina), Santiago (Chile), Montevidéu (Uruguai) e Lima (Peru) foram os destinos internacionais mais procurados pelos brasileiros na América Latina desde o início do ano. A escolha dessas regiões coincide com a lista de países cujas moedas se desvalorizaram mais perante o dólar do que o real nos últimos tempos, segundo esta reportagem publicada no Estadão.
Pela cotação oficial, US$1 equivale a cerca de 130 pesos argentinos. Mas a Argentina tem um câmbio paralelo – negociado há muitos anos e símbolo de sua deterioração econômica –, em que um único dólar chega a valer mais de 330 pesos. Conhecido como Dólar Blue, esse mercado paralelo de câmbio surgiu como uma alternativa para os argentinos frente às limitações que o governo local impunha às negociações feitas em moedas estrangeiras.
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Na última semana, o governo da Argentina anunciou novas medidas para incentivar turistas estrangeiros a liquidarem seus dólares no mercado formal do país, aproximando a cotação do câmbio para este grupo daquela praticada no mercado paralelo. Veja os detalhes.
Com a moeda local desvalorizada e incentivos para turistas, o país se tornou ainda mais atrativo para os brasileiros. Principalmente em momentos de alta do dólar, como acontece na situação atual. Mas não é só isso: o custo local também está barato, explica Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.
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Para analisar a paridade do poder de compra em diferentes localidades, a revista britânica The Economist criou o “índice Big Mac”, que calcula o preço em dólares do famoso hambúrguer da rede de fast food McDonald’s em diferentes países. Uma vez que o Big Mac é feito a partir dos mesmos ingredientes em todos os lugares do mundo, o preço do alimento deveria ser sempre o mesmo. Mas não é assim.
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“Pelo índice Big Mac você conclui se a moeda está desvalorizada ou valorizada, quanto mais desvalorizada, melhor para viajar, pois você vai para um país onde seu dinheiro vai render mais”, explica Rachel de Sá.
Por essa métrica comparativa, a Argentina é um dos países que tem o Big Mac mais barato. Um vantagem dupla para brasileiros que querem conhecer o país. “Além de pegar um câmbio desvalorizado, ainda tem um custo de vida também relativamente baixo. Por isso está atraindo tanto brasileiro”, diz a chefe de economia da Rico.
Para quem deseja aproveitar o momento do câmbio – ruim para a Argentina, bom para os turistas –, confira nessa reportagem conselhos para economizar ainda mais na viagem para o exterior.
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