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Tesouro Direto: veja a carteira do Itaú BBA para se proteger na eleição

O portfólio deve proteger também o investidor das incertezas dos mercados externos

Tesouro Direto: veja a carteira do Itaú BBA para se proteger na eleição
(Foto: Envato Elements)
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  • Os títulos pós-fixados devem proteger os investimentos de possíveis problemas no cenário fiscal
  • A sugestão é que 60% dos recursos estejam posicionados em pós-fixados enquanto o Copom não inicia os cortes da Selic
  • A expectativa do mercado é a de que o Banco Central encerre o ciclo de alta de juros no Brasil ainda neste ano

A proximidade das eleições presidenciais e o cenário inflacionário no exterior devem exigir cautela do investidor na hora de rebalancear a sua carteira de investimentos em títulos do Tesouro Direto. Como uma estratégia de se proteger de uma possível deterioração do cenário doméstico e internacional, Lucas Queiroz, estrategista de renda fixa do Itaú BBA, sugere que mais da metade das alocações estejam em títulos pós-fixados (Tesouro Selic 2025). A avaliação foi divulgada em relatório enviado aos investidores de pessoa física e repassado em primeira mão para o E-Investidor.

De acordo com o relatório, 60%  dos recursos devem estar alocados em títulos pós-fixados (Tesouro Selic 2025) para assegurar tranquilidade ao investidor diante das incertezas macroeconômicas no curto prazo. Isso porque o porcentual sugerido nesta categoria de títulos irá atuar como um “defensor” para os investimentos em renda fixa, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não encerra o ciclo de elevação da taxa de juros, previsto para este ano.

Confira a composição da carteira em títulos do Tesouro Direto pelo Itaú BBA

Título Classificação Rentabilidade anual Peso
Tesouro Selic 2025 Pós-fixado SELIC + 0,0924% 60%
Tesouro Pré-fixado 2025 Pré-fixado 12,53% 20%
Tesouro Pré-fixado 2029 Pré-fixado 12,77% 5%
Tesouro IPCA+ 2026 Indexado à inflação IPCA + 5,85% 15%
Fonte: Lucas Queiroz, estrategista de renda fixa para pessoa física do Itaú BBA

Além disso, o estrategista aponta que ainda há dúvidas se os Estados Unidos irão conseguir conter a alta inflacionária com reajustes menos agressivos na taxa de juros. “Se o mercado entender que os juros (nos EUA) precisam ser mais altos, em torno de 4% ou até mais, vamos precisar ter uma precificação no mundo inteiro e isso geraria uma dificuldade para o Brasil também”, explica Queiroz em entrevista ao E-Investidor.

Ele ainda cita as questões geopolíticas dos EUA envolvendo China e Taiwan e, no Brasil, as eleições. “Não sabemos qual será a próxima equipe econômica. Se algumas dessas dúvidas ganharem rumos ruins, o mercado teria que mexer nas taxas de juros”, afirma.

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Nesta quarta-feira (3), o Comitê aumentou para 13,75% ao ano a taxa Selic. O reajuste de 0,5 ponto porcentual aconteceu dentro das expectativas de mercado, mas há chances de outra elevação em torno de 0,25 ponto porcentual antes de alcançar o “teto” da taxa de juros.  Por outro lado, o fim do movimento de alta de juros no Brasil não garante que os cortes na taxa Selic aconteçam, logo em seguida, pelo BC. Ou seja, o mercado deve conviver com juros em patamares acima de dois dígitos por vários meses.

A carteira de investimentos em títulos do Tesouro Direto, adotada pelo Itaú BBA, tem como objetivo buscar ganhos acima do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) com desvios esperados de 3% ao ano em relação ao benchmark (padrão de referência do mercado utilizado para avaliar o desempenho de uma estratégia nos negócios). A estratégia de investimentos é destinada para os investidores que buscam rentabilizar seu capital a taxas superiores ao CDI no horizonte de 12 meses.

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