Preocupações políticas a poucos dias do segundo turno das eleições e com a economia da China derrubam o Ibovespa nesta segunda-feira (24), que ignora a alta da maioria das bolsas internacionais.
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Petrobras e Banco do Brasil dominam a ponta de piores desempenhos do Ibovespa, enquanto operadores do mercado financeiro consideram que o caso Roberto Jefferson impacta negativamente a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. “É mais risco Lula após ataque do Jefferson, porque o PT vai vincular a Bolsonaro”, diz Vitor Miziara, analista da Criteria Investimentos e colunista do E-Investidor.
A incerteza política às vésperas do segundo turno presidencial também pesa nos papéis de bancos, que recuam mais de 3%. “Acredito que é incerteza política, porque os balanços devem vir positivos”, diz Rodrigo Moliterno, sócio fundador Veedha Investimentos.
Dólar e juros futuros
O cenário de câmbio também é impactado pelo caso Jefferson. O real é a moeda que mais se desvaloriza em comparação a seus pares emergentes, após o dólar bater mais cedo R$ 5,30.
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A reação violenta de Roberto Jefferson ao pedido de prisão ontem gera receio no mercado de que afete as intenções de votos dos eleitores indecisos em relação ao presidente Jair Bolsonaro, aliado do ex-deputado. “Há também preocupações de que uma eventual permanência de Bolsonaro num segundo mandato possa elevar a insegurança institucional no País, aumentando ataques dos bolsonaristas ao Judiciário”, afirmou Elson Gusmão, analista de câmbio da corretora Ourominas.
A aversão a risco também leva a abertura da curva de juros. “Com tudo isso [no cenário político], o Copom está submerso, não deve mudar uma vírgula do humor do mercado, e o IPCA-15 só se vier com surpresa muito grande”, afirma o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.
(Por Aramis Merki II, Luciana Xavier, Maria Regina Silva, Renata Pedini, Silvana Rocha)