- A Warren ouviu 120 integrantes do mercado financeiro para saber quais as expectativas da Faria Lima para o resultado final das eleições
- Enquanto as pesquisas de intenção de voto indicam uma aproximação entre os candidatos, o levantamento da Warren mostra que a expectativa do mercado ainda é de vitória petista
- A maior preocupação, neste caso, é com a economia. Se Bolsonaro for reeleito, entrevistados indicam temor com instabilidades institucionais
A corretora de investimentos e gestora de patrimônio Warren ouviu 120 integrantes do mercado financeiro, entre gestores, traders e economistas, para saber quais as expectativas da Faria Lima para o resultado final das eleições, que será decidido no domingo (30).
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Enquanto as pesquisas de intenção de voto indicam uma aproximação entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o levantamento feito pela Warren em parceria com a Renascença mostra que a expectativa do mercado ainda é de vitória petista.
Para 33,3% dos entrevistados, Lula tem entre 50% e 60% de chances de vencer. Para 25%, as chances são de 40% a 50%. Outros 19,2% afirmaram que a possibilidade é de 60% a 70%.
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A possibilidade de vitória de Bolsonaro está 40% e 50% para 38,3% dos entrevistados, enquanto 20,8% acredita que as chances de reeleição do presidente estão entre 30% e 40%.
A pesquisa da Warren mostra ainda que o mercado tem preocupações diferentes no caso de vitória de um ou de outro. Em um cenário de eleição de Lula, o maior temor é com a economia. A definição da equipe econômica do petista foi apontada como a principal preocupação por 39,2% dos gestores e traders entrevistados, enquanto 38,3% temem sobre o futuro da política fiscal.
Já no caso de reeleição de Bolsonaro, 32,5% dos entrevistados respondeu que a principal preocupação são turbulências institucionais. Nesta reportagem, mostramos como o risco à democracia nas eleições está sendo acompanhado pelo mercado.
Outros 31,7% dizem que sinais sobre o futuro da política fiscal também preocupam, e outros 28,3% responderam que não têm nenhuma preocupação no caso de um segundo mandato do atual presidente.
De olho na economia
A definição de uma equipe econômica é um dos temas que mais pesa sobre o mercado financeiro quando o assunto é eleições, principalmente dada a urgência da discussão sobre um arcabouço fiscal para 2023, que terá que ser enfrentada por quem quer que seja eleito no domingo. A pesquisa da Warren também questionou os entrevistados sobre o assunto.
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Enquanto 95% acredita que o ministro Paulo Guedes continuará a frente da pasta da Economia em um segundo mandato de Jair Bolsonaro, quem aparece como a principal aposta no caso de um novo governo Lula é o ex-ministro Henrique Meirelles, com 40,8% dos votos. Entre as respostas também apareceram nomes como Welligton Dias (10%), Rui Costa (9,2%), Armínio Fraga (8,3%), Fernando Haddad (7,5%) e Aloísio Mercadante (4,2%).
Em relação ao arcabouço fiscal, 44,2% acredita que um 2º mandato de Bolsonaro seria mais liberal do que o do mandato atual, contra 31,7% que esperam uma postura liberal, mas menos do que a vista neste mandato. Outros 24,2% responderam “populista”.
Já no caso de um terceiro mandado de Lula, 40% espera um arcabouço semelhante ao do 2º mandato do ex-presidente, entre 2006 e 2010. Um comportamento semelhante ao “Lula 1”, entre 2002 e 2006, foi a resposta de 30%, enquanto outros 30% esperam uma postura semelhante às do governo Dilma Rousseff.