- Uma das datas mais aguardadas pelo brasileiro neste ano é a Copa do Mundo, que acontece no Catar
- Há cerca de 1.626 dias, a seleção brasileira realizava sua primeira competição na disputa de grupos contra a Suíça, na Copa do Mundo de 2018
- Um levantamento realizado com exclusividade ao E-Investidor pela B3 apontou como foram os desempenhos do principal índice da B3 antes, no dia e depois da disputa
Além da eleição, uma das datas mais aguardadas pelo brasileiro neste ano foi a Copa do Mundo, que acontece no Catar. O primeiro embate ocorreu no domingo (20) entre o time do país sede do campeonato e o Equador, já o primeiro jogo do Brasil está marcado para quinta-feira (24), às 16h, contra a Sérvia.
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Há 1.623 dias, a seleção brasileira também realizava sua primeira competição na disputa de grupos contra a Suíça, na Copa do Mundo de 2018, que ocorreu na Rússia. Na data, o Ibovespa não operou porque o jogo foi no domingo. Porém, em todos os outros jogos disputados pelo time brasileiro até perder da Bélgica, em 6 de julho, as negociações estavam abertas.
Um levantamento realizado com exclusividade ao E-Investidor pela B3 apontou como foi o desempenho do principal índice da B3 antes, no dia e depois da disputa. Além da quantidade de dinheiro negociada por pessoas físicas nas respectivas datas.
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De acordo com Vinicius Brancher, superintendente de Negócios Pessoa Física da B3, os desempenhos do benckmark não estão totalmente relacionados os dias de jogos. Afinal, outros fatores macroeconômicos também afetaram as decisões dos investidores.
Na época, os acionistas tinham no radar: Jair Bolsonaro (PL) eleito presidente do país; guerra comercial entre Estados Unidos e China; inicio da greve dos caminhoneiros; e a sobretaxa imposta pelos EUA no mercado de aço.
Para relacionar o resultado dos jogos com a dinâmica do mercado seria necessária uma amostra maior dos quatro jogos da copa de 2018. Porém, em edições anteriores, como em 2014, houve alterações nos horários de negociações, “então não teria a mesma janela para comparar as safras históricas”, diz Brancher.
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De todo modo, a recomendação é que o investidor não deixe a emoção ou qualquer outro sentimento afetar uma tomada de decisão no curtíssimo prazo. “A comoção não pode se sobressair aos fundamentos de um determinado papel”, diz o superintendente da B3.
Arthur Soares, educador financeiro da XP, diz que sempre ao operar, o investidor precisa controlar o emocional. Ele cita uma fala do magnata Warren Buffett, considerado um dos maiores investidores do mundo: “Se você não consegue controlar suas emoções, não conseguirá controlar seu dinheiro”. Ele recomenda que ninguém opere no mercado caso esteja ansioso ou com os sentimentos atrelados ao jogo da Copa.
Mesmo assim, caso o investidor queira comprar e vender ações, Marcia Tolotti, psicanalista e especialista em psicofinanças, sugere que o acionista faça um estudo de viés de conhecimento. Ou seja, entenda se tem a capacidade de tirar o aspecto emocional no momento de investir ou não.
“Não há uma regra comum para todos. Por isso, cada investidor precisa entender o seu perfil no mercado”, diz Tolotti. Ela sugere que as pessoas compreendam qual a importância que o jogo tem na vida delas, para saber se é melhor esperar todo o período da Copa, um dia, ou "aquelas 2h e pouco de jogo" para operar ou não.
Próximos jogos
Além da Sérvia, os próximos jogos confirmados do Brasil são contra a Suíça, em 28 de novembro, e Camarões, em 2 de dezembro. A Copa tem previsão de terminar em 18 de dezembro.
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Durante os jogos, segundo João Pedote, sócio da Inove Investimentos, há dois pontos que devem estar no radar dos investidores: quem serão os ministros da Fazenda e do Desenvolvimento no governo Lula (PT) e qual será o tamanho do risco fiscal.
A PEC de Transição apresentada ao Congresso em 16 de novembro prevê um gasto fora do teto de aproximadamente R$ 200 bilhões. Valor referente ao custo do Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família, e o benefício adicionado por criança de até seis anos. O Senador Alessandro Vieira propôs nesta semana uma alternativa a PEC com gastos de R$ 70 bilhões.
“Tanto os ministros, quanto o fiscal, darão o norte para o mercado sobre como será o gasto no governo [de Luiz Inácio Lula da Silva]. Se ele seguir uma trajetória de gastar valores que estouram o teto, poderá então aumentar o custo do dólar, puxar a inflação e disparar os juros, pois a dívida do governo ficará maior”, afirmou o especialista da Inove.
