O bom humor externo provocado por dados de inflação abaixo do esperado e que prevaleceu nos mercados ao longo da última semana parece ter acabado. À medida que os líderes dos bancos centrais se mantêm firmes, com discursos em tom pouco animadores relacionados à condução da política monetária, a preocupação com uma desaceleração excessiva das economias volta a reduzir o apetite à risco por parte dos investidores.
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Neste ambiente menos favorável, as principais Bolsas da Europa fecharam no campo negativo, com quedas superiores à 1%. Nos Estados Unidos a sessão segue pelo mesmo caminho em meio à safra de balanços e discussões sobre o teto da dívida voltando ao radar.
No Brasil, nem o surpreendente e positivo “retorno” da China ao jogo conseguiu favorecer o fluxo para os ativos de risco. Discursos da equipe do governo federal em relação à independência do Banco Central (BC) e à meta de inflação também não ajudam.
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Por volta das 14h, o Ibovespa negociava com queda de 0,44%, aos 111.737 pontos, enquanto o dólar mostrava apreciação frente ao real de 1,19%, cotado à R$ 5,22.
A aversão a risco também era percebida na curva futura de juros: no mesmo horário, todos os vértices apresentavam alta. É bem verdade, porém, que o movimento já sugeria uma relativa recuperação, uma vez que na abertura do pregão a elevação observada era maior.
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